Transformar o espaço marcado pela violência em um ambiente de cultura e convivência. Essa é a intenção por trás do evento ?Dia de Praça?, que ocorre na Praça São João, localizada ao lado do mercado municipal que leva o mesmo nome, no bairro Amarelo, em Cachoeiro de Itapemirim, nesta sexta-feira (10).
O local tem sido motivo de preocupação e indignação para moradores e comerciantes da região. Casos de violência e o consumo de drogas têm sido problemas recorrentes, inclusive durante o dia, tornando o ambiente inseguro e pouco convidativo.
A falta de patrulhamento constante e de manutenção adequada acabou por criar um ambiente propício para tais atos, gerando desconforto e receio entre os frequentadores do local. A professora de dança Isabella Ferreira, uma das pessoas afetadas por essa situação, expressou sua preocupação: "não há um plano de cuidado para essa praça."
Foi a partir dessa indignação que surgiu a iniciativa de revitalizar a Praça São João. Isabella Ferreira liderou a organização do projeto intitulado Dia da Praça, que tem como objetivo ocupar o espaço público de forma positiva e construtiva. O evento contará com feiras, atividades artísticas, culturais e voltadas para a saúde, envolvendo moradores e comerciantes locais.
A Secretaria de Cultura do município comprometeu-se com a limpeza da praça um dia antes do evento, bem como com o patrulhamento durante o Dia da Praça, que está marcado para o dia 10 de maio. O foco especial será para as comemorações do Dia das Mães, buscando trazer uma atmosfera familiar e acolhedora ao espaço público.
Entre as atrações do primeiro Dia da Praça estão barracas de artesanato, doces típicos da região, pijamas e camisas estampadas com as belezas naturais de Cachoeiro de Itapemirim. A expectativa é que o evento não apenas transforme a percepção sobre a Praça São João, mas também promova a união da comunidade em prol de um espaço mais seguro e agradável para todos.
Há algumas semanas, o cenário era de desesperança, chegando ao ponto de alguns moradores cogitarem a possibilidade de transformar a praça em estacionamento. Dessa vez, no entanto, ante a expectativa da ocupação do espaço por atividades comunitárias, o sentimento era outro. A ideia foi deixada de lado, ainda mais se levando em consideração que próximo ao local já há um estacionamento em desuso.