Após anúncios polêmicos serem retirados de outdoors localizados nas Avenidas Francisco Lacerda de Aguiar e Jones dos Santos Neves, em Cachoeiro de Itapemirim, a Ilha do Prazer, responsável pela campanha publicitária, comentou sobre o caso. A peças publicitárias, com frase de duplo sentido promoviam os serviços de acompanhantes de luxo, aparentando visar os turistas que chegam ao município para a Cachoeiro Stone Fair, evento do setor de rochas ornamentais que acontece na semana que vem.
Uma nota enviada ao jornalismo do FATO, destaca a surpresa que tiveram com o ocorrido em Cachoeiro. ?O portal encontra-se surpreso com as manifestações públicas adotadas pela municipalidade quanto à publicidade realizada por meio de outdoor, que segue toda a legislação e regulamentos aplicados na área de publicidade?.
A nota também afirma que a situação é mais um ataque à categoria de trabalhadoras do sexo. ?Na verdade, o que se vê é mais um ataque à categoria de trabalhadoras do sexo, que historicamente sofrem opressão e intolerância por parte da sociedade, tolhendo a dignidade que qualquer ser humano tem, constitucionalmente, garantia, inclusive a de trabalhar?.
Sobre a frase utilizada na campanha "Acompanhantes de luxo. Elas deixam seu negócio duro igual pedra!", a Ilha do Prazer negou que tenha relação com a feira que ocorre na cidade. ?Vale destacar que na peça publicitária não há qualquer imagem obscena e que existe a informação de que o conteúdo da publicidade é somente para maiores de 18 anos?, completa a nota.
Ainda segundo o portal, no QR Code que estava nos outdoors e que leva ao direcionamento da plataforma, possui um bloqueio com mensagem de conteúdo sensível e restrito somente para maiores de 18 anos. ?Dessa forma, o QR Code se materializa apenas como um atalho, vez que o acesso ao portal pode ser realizado diretamente pela digitação do endereço eletrônico, ou ainda, por meio de buscadores de sites?.
Em relação aos questionamentos sobre a possibilidade de crianças e adolescentes que vissem os anúncios acessassem o portal de conteúdo adulto, a Ilha do Prazer destaca que ?dispositivos eletrônicos como tablets, celulares e computadores, quando configurados para crianças ou adolescentes, possuem limitações em suas funcionalidades que não permitem o acesso através de QR Code, e mesmo se houver a tentativa de acesso direto através do endereço do site, o mesmo é bloqueado?.
Entenda o caso:
Nesta segunda-feira (14), anúncios de um site de acompanhantes de luxo foram expostos em dois outdoors da cidade, um em frente ao Shopping Sul, na Av. Francisco Lacerda de Aguiar, e outro em frente ao Perim Center, na Av. Jones dos Santos Neves.
"Acompanhantes de luxo. Elas deixam seu negócio duro igual pedra!", estes são os dizeres da campanha publicitária do site denominado Ilha do Prazer. A mensagem, foi interpretada por muitos moradores como uma alusão à Cachoeiro Stone Fair, que acontecerá na cidade entre os dias 22 e 25 de agosto, considerada a maior vitrine de negócios da América Latina no setor de rochas, e atrai diversos representantes de empresas nacionais e internais.
O assunto deu o que falar na cidade e nesta quarta-feira (16) os anúncios foram retirados dos outdoors, pela Prefeitura. E antes da determinação do executivo municipal, o Conselho Municipal de Direitos da Mulher (CMDM) já havia entrado com um pedido de suspensão da campanha publicitária junto ao Ministério Público.
O promotor de Justiça da 1ª Vara da Infância e juventude, Paulo Sérgio Moreira Nóbrega, solicitou ao Juiz de Direito da 1º Vara da Infância e da Juventude a Medida Protetiva e foi deferido.
Leia a nota do portal Ilha do Prazer, na íntegra:
NOTA OFICIAL
O portal encontra-se surpreso com as manifestações públicas adotadas pela municipalidade quanto à publicidade realizada por meio de outdoor, que segue toda a legislação e regulamentos aplicados na área de publicidade. Ainda assim, respeitaremos, pois o que a plataforma busca é respeito e dignidade à profissão.
O Ilha do Prazer enquadra-se no ramo do entretenimento adulto e funciona há 19 anos no mercado nacional, sempre atuando em conformidade com a legislação, e nunca sofreu qualquer tipo de censura ou repressão à veiculação de anúncios de profissionais do sexo.
Não possuímos qualquer relação com a feira que ocorre na cidade, sendo a publicidade construída com o fim de atingir público interessado nos serviços oferecidos por meio do portal de anúncios.
Inicialmente, vale destacar que na peça publicitária não há qualquer imagem obscena e que existe a informação de que o conteúdo da publicidade é somente para maiores de 18 anos.
Ressalta-se ainda que, ao acessar o QR Code que leva ao direcionamento da plataforma, existe um bloqueio com mensagem de conteúdo sensível e restrito somente para maiores de 18 anos. Dessa forma, o QR Code se materializa apenas como um atalho, vez que o acesso ao portal pode ser realizado diretamente pela digitação do endereço eletrônico, ou ainda, por meio de buscadores de sites.
Quanto à questão do acesso, importante frisar que dispositivos eletrônicos como tablets, celulares e computadores, quando configurados para crianças ou adolescentes, possuem limitações em suas funcionalidades que não permitem o acesso através de QR Code, e mesmo se houver a tentativa de acesso direto através do endereço do site, o mesmo é bloqueado.
Na verdade, o que se vê é mais um ataque à categoria de trabalhadoras do sexo, que historicamente sofrem opressão e intolerância por parte da sociedade, tolhendo a dignidade que qualquer ser humano tem, constitucionalmente, garantia, inclusive a de trabalhar.
Destacamos que a profissão é regulamentada pelo Ministério do Trabalho desde 2002, e consta na Classificação Brasileira de Ocupações no item 5198, e infelizmente nos deparamos com mais uma repressão à profissão, ocasionando a remoção de anúncios publicitários nos tempos atuais.
Para entender melhor a questão das trabalhadoras do sexo, e a função do Ilha do Prazer nesse ramo, sugerimos acessar o artigo ?Respeito e Dignidade: Valorizando a Profissão de Acompanhantes? em nosso Blog: https://blog.ilhadoprazer.com.br/respeito-e-dignidade-valorizando-a-profissao-de-acompanhantes/
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