Uma nova experiência - Jornal Fato
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Uma nova experiência


Viajar é muito agradável, independente para onde vamos, é sempre uma nova experiência de vida. Nunca saímos e voltamos iguais, alguma coisa que vemos ou vivenciamos nos mobiliza e nos transforma.  No último feriado estivemos no Chile, e a primeira surpresa foi com a proximidade do país vizinho - a viagem é mais rápida que para muitos Estados brasileiros.

Observei um país de gente educada, e chamou-me a atenção a ausência de desocupados e pedintes. Muitos idosos, principalmente homens, sentados nos bancos das praças e todos de terno, acredito que por conta do clima e dos hábitos europeus. Como não vi desocupados, imaginei que não há crise de desemprego. As pessoas caminham dia e noite pelas ruas, despreocupadamente, ninguém agarrado às bolsas. Em um restaurante meu marido esqueceu de pegar o troco e o garçom saiu correndo para nos entregar.

A cidade de Santiago é muito limpa, nenhum resíduo nas ruas, calçadas amplas, muito bem arborizadas e uma profusão de flores pelos jardins, rosas, muitas rosas de todas as cores e tamanhos. Como aqui os jardins tendem mais para o verde, encantei-me com o colorido e harmonia dos jardins floridos. Por onde caminhamos, e muito, não encontramos nenhuma calçada que dificultasse o acesso aos transeuntes. Conhecemos um pouco da história do povo através da visita ao centro histórico da cidade, tudo bem conservado.

Visitamos o Vale Nevado, na Cordilheira os Andes, e o contato com a neve é sempre uma experiência muito agradável. Em outro passeio fomos em direção ao mar. O que estranhei foi a ausência de verde nas paisagens naturais. Nenhuma floresta, a natureza só se colore em alguns locais com hortas ou parreiras artificialmente irrigados. No Chile pouco chove, o que ocorre apenas nos meses de junho e julho. Por conta disso o ar é extremamente seco, e o nosso corpo habituado com o clima tropical estranha.

Conhecemos duas praias, Valparaíso e Viña del Mar. A primeira é uma cidade de artistas, com excesso de morros, todos urbanizados. E também lá o mar invadiu a orla, há pouco espaço para os banhistas. O que confirma que o aquecimento global é uma realidade. Conclusão, adorei a viagem e mais ainda, fiquei pensando na quantidade de praias que temos em nosso Espírito Santo e pelo Brasil. Retornando para casa, na Rodovia do Sol, deslumbrei-me diante do verde das nossas matas. País danado de bonito é o nosso!

 

Marilene De Batista Depes


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