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Tocando a vida

A amiga se diz impressionada com a minha capacidade de ir tocando a vida


A amiga se diz impressionada com a minha capacidade de ir tocando a vida e os projetos apesar de tudo o que acontece em redor. Realmente, eu tenho metas estabelecidas que tento não alterar. Se dependesse de manter os compromissos estando com a vida totalmente dentro da normalidade, pouco seria feito. Como todo ser humano normal estou sempre com muitos problemas, alguns solucionáveis e outros nem tanto. E, de vez em quando, atravesso situações complicadas. Durmo entregando a Deus o que não consigo resolver e acordo agradecendo pela esperança de um novo dia. Há 16 anos convivo com uma doença rara e incurável. Poderia ficar me lamentando e aguardando a morte, mas preferi lutar e acreditar na vida. Também já sofri sérias perseguições por conta de concorrência desleal, na vida pública e privada, e nessas situações luto em busca da justiça ou apenas me afasto de quem pode me prejudicar.

Meu temperamento aguerrido me mantém ativa e atuante, enquanto alguns se afundam nos problemas, estou sempre buscando soluções. Não sigo uma linha de conduta repleta de regras e padrões e exemplifico: Coloquei meu ponto de vista numa rede social a respeito da roupa da atriz Glenn Close na festa do Oscar, com excesso de dourado, pesada e que não embelezou nem um pouco a atriz. Algumas pessoas retrucaram com veemência, afinal a roupa fora produzida por Carolina Herrera. Respondi: - Apesar de reconhecer todos os méritos, o que significa essa estilista para mim? Nada. Na opinião dela uma mulher após os quarenta não pode usar uma roupa mais curta, braços de fora, biquíni, batom vermelho, cabelo comprido, entre outras babaquices. Imaginem se eu, uma feminista, vou seguir regras impostas por Carolina Herrera ou seja lá quem for? Coloco meu biquíni e vou livremente para a praia, mergulho no mar e sinto-me a pessoa mais feliz do mundo. O que pensam a meu respeito pouco me interessa, afinal não julgo nem discrimino ninguém e espero reciprocidade. Mas sinto pena de quem depende da opinião alheia para sobreviver, que não dá um passo adiante se não estiver embasado na concordância de marido/esposa, filhos, amigos ou na opinião pública. A bússola que me direciona é a minha consciência. Não tentem me atropelar, renasci e fui rebatizada, hoje o meu nome é liberdade e meu sobrenome é felicidade. 

 

Marilene De Batista Depes


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