Templários em Portugal - Jornal Fato
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Templários em Portugal


Quando os Turcos Otomanos tomam Jerusalém em 1076, a peregrinação e estabilização dos Cristãos na Terra Santa tornam-se difícil. Em 1095, o Papa Urbano II convoca a Primeira Cruzada, um movimento de Cristãos Europeus contra os infiéis. Antes, porém, deveriam estar em Constantinopla (hoje, Istambul) onde se localizava a capital do Império Romano Oriental (Bizantino). A Primeira Cruzada foi popular, liderada por Pedro, o Eremita, um líder místico. Logo em seguida, a dos nobres, liderada por Godofredo de Bulhão. Em Jerusalém, existiam as Ordens Religiosas Cavaleiros Teutônicos, Ordem dos Hospitalários e de Malta. É fundada a Ordem Religiosa militar mais importante da Idade Média: Ordem dos Pobres Soldados de Cristo e do Templo de Salomão, conhecida como Cavaleiros Templários ou Ordem do Templo. Fundada por nove Cavaleiros tendo Hugo de Payens como seu primeiro Grão-Mestre. Os Templários tinham como lema o Salmo 113: "Louvai ao Senhor, do sol nascente ao poente. Exaltado é o senhor." O Cavaleiro tinha uma conotação mitológica: Centauro (meio homem/ meio cavalo). Isto é, o espírito que domina a matéria. Possuíam um código moral muito rígido, bem como o sentimento altruísta: ajuda aos necessitados e injustiçados. Assim como, uma forte relação com seu cavalo e espada.

Na região da Lusitânia, onde hoje se encontra a cidade de Braga, uma das mais antigas cidades Europeia, Dom Henrique, um nobre de Borgonha, e depois seu filho, Afonso Henrique, tornam-se Cavaleiros Templários. Em 1128, no dia 24 de junho, dia de São João Batista, tornam a região independente de Castela e Leão (espanhola) na Batalha de Ourique. Afonso Henrique, primeiro rei, em seguida livra Lisboa e a região Sul do domínio dos Árabes Muçulmanos (Mouros ou Morenos). Um religioso dos mais importantes para a Ordem dos Templários e para os Portugueses foi Bernardo, da região francesa de Claraval, depois São Bernardo de Claraval. Bernardo fundou a Ordem de Cister, das mais influentes da Idade Média. Ele escreveu as regras dos Templários. Disse sobre os membros da Ordem: "Brandura dos Monges e bravura dos Cavaleiros." A Ordem de Cister, não militar, em 1139, elegeu o Monge, Cistercience de Claraval, Inocêncio II, como Papa. Com isso a Ordem dos Templários obtém o reconhecimento oficial e devendo obediência somente ao Papa. Tornam-se uma Ordem rica e poderosa, apesar de seus Cavaleiros e Monges manterem-se fieis aos juramentos de pobreza e renúncia. Os Templários se mantêm influentes por 200 anos, até 13 de outubro de 1307, uma sexta-feira, quando Filipe IV, o Belo, rei da França, com ajuda do seu ministro Nogaret, injustamente e irregularmente, manda prender Jacques de Molay, o último Grão-Mestre. De Molay, após julgamento pela Inquisição, é queimado em frente à Catedral de Notre Dame, em Paris, em março de 1314. A Ordem é extinta pelo Papa, mas o rei de Portugal, D. Dinis, recebe os remanescentes e funda a Ordem de Cristo. Mais de cem anos depois, D. Manuel, o Venturoso, nas Grandes Navegações, estampa a Cruz Vermelha da Ordem nas Caravelas Portuguesas.

 

Sergio Damião Santana Moraes

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Sergio Damião Médico e cronista

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