Por Pamela Gualandi

 

Até achei que fosse fácil, mas quem disse que seria?

Quarenta dias onde apenas a beleza do lugar e a paz que ele trazia tornaram tudo mais leve - inclusive, a ansiedade pelas respostas e buscas daquilo que somente o Alto poderia mostrar.

Me abstive das redes sociais (algumas), e de outros gostos, para estar conectada com a vida e com o que ela trazia de novo a cada dia. Não foi fácil. No começo, achei que não iria conseguir. Mas não é que deu certo!

Há o costume de fazer jejum durante quarenta dias na Quaresma. Confesso que nunca tinha feito. Mas resolvi tentar, e logo de algumas redes sociais, uma coisa que eu gosto muito e acredito que, sendo bem utilizado, é também uma ferramenta importante. Mas o lugar secreto precisava de mim nesses quarenta dias; precisava do meu cuidado e atenção.

Durante esse período, vários aprendizados e uma gratidão que mal cabe em mim. 

Resolvi elevar ao céu minha mente e toda vibe positiva que possuo, e as respostas que buscava foram apenas consequências dos meus atos - não do jejum, em si, mas do ato maior de sair do meu mundo real e entrar no mundo do outro. Como foi gratificante!

Pude ver que as redes sociais servem para aproximar pessoas, manter contatos; mas estar fisicamente em contato, se dar ao outro, um café juntos, em vez de uma mensagem, uma ligação, isso é o mais importante.

Entretanto, a maior descoberta foi a força e fé interna que habitavam no lugar secreto. Grandes ao ponto de terem ombro e uma palavra amiga à disposição, mesmo que o dia não estivesse colorido. De esboçar um sorriso, mesmo não sendo dia de sorrir só para alegrar alguém. De ajudar, mesmo sem ter muito para oferecer. De vibrar com a conquista de alguém, ainda que aguardasse pela minha.

Esse lugar secreto? Meu coração, minha alma, meus sonhos, e todo e qualquer lugar dentro de mim que a Luz Divina pode chegar e fazer morada.

Uma dica? Vale a pena viver quarenta dias em um lugar secreto chamado... VOCÊ!