QUAL O PODER MILITAR DO IRÃ?

Nos últimos dias só se fala na possibilidade de uma terceira guerra mundial após o ataque aéreo dos Estados Unidos que resultou na morte do General Soleimani, o segundo na hierarquia do país, depois do aiatolá Ali Khamenei.

O Irã prometeu uma vingança: "Vingança severa aguarda" aqueles por trás do ataque ao general Qasem Soleimani, disse o líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei.

Mas qual o tamanho do poder de fogo do Irã, caso ele realmente entre em conflito armado com a maior potência mundial?

Pelo menos 523 mil iranianos estão em atividade, de acordo com dados do Instituto Internacional de estudos estratégicos que funciona no Reino Unido.

Neste sábado (4) aconteceu uma procissão fúnebre para Soleimani em Bagdá antes dos funerais no Irã. Se para seu povo é um mártir, para os EUA planejava a guerra.

O ataque repentino dos EUA que resultou na morte de Soleimani chocou o mundo. Mesmo com anos de investigações sobre seus planos o que poderia realmente ter desencadeado o ataque, autorizado pelo presidente Donald Trump?

 

Dos 523 mil iranianos em uma série de funções militares 350 mil fazem parte do Exército regular e até 150 mil na Guarda Revolucionária iraniana. Lá a Força Aérea e Marinha não são independentes como no Brasil e em outros países. No Irã, estão subordinadas ao Exército.

Além destes homens existem ainda 20 mil oficiais em serviço nas forças navais da Guarda, que é o maior poder militar do Irã.

É nas ações no exterior que Soleimani exerce seu poder com a FORÇA QUDS. Liderada pelo general, esse serviço realiza operações secretas para a Guarda Revolucionária Iraniana e é composta por 5 mil agentes.

De acordo com os EUA a Força Quds financia, treina e fornece armas para diversas organizações, entre eles o Hezbollah e a Jihad ezbolla- qualquer semelhança com diversos filmes é pura coincidência, ou não.

A maioria das importações para defesa do Irã vem da China e Rússia e entre 2009 e 2018 correspondeu a 3,5% de suas importações.

Mas o Irã possui mísseis que são suas "cartas na manga" já que suas forças aéreas é pequena se comparada com os adversários Israel e Arábia Saudita, por exemplo. Os EUA tem dados de desenvolvimento de mísseis no Irã, que podem voar mais longe e com poder de destruição maior.

O Irã também desenvolveu tecnologia para utilizar drones em combates. Usados desde 2016 seriam operados da Síria. Um avião dos EUA já foi abatido pelo Irã acusado de invadir o espaço aéreo. Os ataques à plataformas de petróleo sauditas em 2019 foi atribuído ao Irã, mas sem provas.

Mas o Irã pode surpreender muito quando o assunto é ataques cibernéticos. Depois que foram vítimas de um ataque via web, eles investiram pesado nessa tecnologia.

Os EUA afirmam que os alvos do Irã via ataques cibernético, são empresas de energia, comunicações, aeronáutica e recursos naturais. A história ganha mais peso quando a Microsoft divulgou em 2019 que um grupo de hackers iraniano invadiu as contas de funcionários do governo americano.