Murilo Cavalcanti em Cachoeiro - Jornal Fato
Artigos

Murilo Cavalcanti em Cachoeiro

Há 14 anos uma tragédia se abateu na minha família. Uma irmã sofreu um assalto, levou um tiro e ficou paraplégica


Há exatamente um ano, a revista ALGOMAIS, do Recife, perguntou a Murilo Cavalcanti, Secretário Municipal de Segurança Urbana da capital pernambucana: - "O que o motiva a trabalhar com segurança pública?"

Resposta fulminante de Murilo:

-"Há 14 anos uma tragédia se abateu na minha família. Uma irmã sofreu um assalto, levou um tiro e ficou paraplégica. A partir daí comecei a estudar a questão da violência urbana do ponto de vista da prevenção. Logo em seguida tomei conhecimento dos avanços obtidos na segurança pública em Bogotá, na Colômbia. Imediatamente fui conhecer a política integrada de enfrentamento à violência urbana que foi colocada em prática lá, que estava chamando a atenção do mundo inteiro. Logo aprendi que a violência urbana não é tão somente um problema de polícia".

(Preste atenção; foi a irmã de Murilo quem ficou paraplégica, não foi uma desconhecida dele não. E ele preferiu o bem à vingança).

Foi por esse encantamento com as palavras do Murilo, que me veio logo após "briga" que tive com o José Luiz Daroz (que me indicou o livro do Murilo) que pude ver, sem qualquer dúvida, que há salvação fora da violência - é só tratar todos com igualdade, mas isso é assunto para o leitor ouvir pela voz do Murilo, que estará em Cachoeiro, Faculdade de Direito (FDCI), convidado pela Prefeitura, às 19 h, do próximo 09 de maio, entrada grátis. Vai lá. Pode ser, também, caro leitor, dos melhores presentes para sua vida e a vida de nosso Cachoeiro.

 

Angella Borelli e Valdieri Martin, AINDA em Cachoeiro

Uma dupla paulista, em Cachoeiro há quase 30 anos, sempre fala em ir embora, mas tem um amor tão forte pela cidade que nunca vai. De vez em quando eles partem para São Paulo, ora um, ora outra, mas não passa muito tempo, e eis eles de volta a terra que "não" é deles.

Falo dos especiais artistas do mármore e do granito, escultores da pedra, Angella Borelli e Valdieri Martin. Impressionante como eles praticamente não são vistos na terra, e a falta de visão parte, minha opinião, principalmente dos poderes públicos municipais e do particular, gente da industria e comércio de pedras, talvez mais por falta de conhecimento da arte, que por outros motivos.

No fim do século XX, dia desses, eles tiveram uma Escola de esculturas de mármore e granito na Ilha da Luz. Por questões provincianas, a escola acabou e não é por culpa de Valdieri e de Angella.

Espero que ainda haja tempo e coragem de sentar com os dois grandes artistas, a fim de que nossa terra seja aquinhoada, tanto quanto com o lucro comercial e industrial das pedras, quanto pelo lucro cultural de um produto local, às vezes jogado no lixo e leitos de água, quando deveriam e poderiam estar brilhando nas ruas, nos bens públicos e particulares e nos parques locais.


Higner Mansur Advogado, guardião da cultura cachoeirense e, atamente, vereador

Comentários