Impressora do Correio do Sul - Jornal Fato
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Impressora do Correio do Sul

Fui contatado, via Messenger do facebook, por pessoa nascida e criada noutro Estado do Brasil


Fui contatado, via Messenger do facebook, por pessoa nascida e criada noutro Estado do Brasil, figura que se mostrou extremamente apaixonada pela obra literária de Rubem e de Newton Braga (sim, ele conhece e admira ambos!).

A pessoa ficou encantada por saber da preservação de grande parte dos históricos cadernos do Correio do Sul (uns 60% deles), jornal fundado pelos irmãos mais velhos dos Braga, que ali debutaram na arte de escrever (Rubem Braga começou aos 15 anos e Newton com seis 17 anos).

O cidadão ficou ainda mais apaixonado quando soube que a histórica impressora tipográfica do Correio do Sul (também impressora de "O Cachoeirano", fundado em 1877), também foi salva e está preservada.

A história da salvação da impressora, parece-me, todos conhecem, ou, vá lá, alguns conhecem. Já publiquei, aqui, diversas vezes, que Paulo Henrique Thiengo e seu então cunhado, Gélio Menon Ferreira, após o anoitecer, entraram pelas altas horas da noite, fazendo várias viagens, numa D-10, veiculo que tinha à época, transportando a impressora até São Vicente, distrito de Cachoeiro.

A máquina foi retirada da antiga gráfica, a duras penas, trabalho hercúleo, visto que pesa mais de uma TONELADA; algumas peças pesando mais de 200 kg, individualmente. Tudo foi retirado na mão, apenas 12 horas antes de ela ser excluída da História e memória de nossa cidade (um dia falo especificamente sobre isso. Aí elogiarei um amigo meu).

Já o amigo que "conheci" via Messenger quer, exatamente, fotos de onde a impressora está guardada hoje, para conhecer suas condições atuais. Fotos da impressora, quando montada nas antigas oficinas (Rua Eugênio Amorim, 21 - Bairro Guandu), já publiquei e, também, já enviei para meu amigo.

Acredito que, em sendo Cachoeiro a Atenas Capixaba, e sabendo-se do inestimável valor histórico da impressora, centenas (ou dezenas; ou meia-dúzia?) de pessoas já a tenham visto e a visitado nos 23 anos em que está sob a guarda do Thiengo, em São Vicente, interior de Cachoeiro. Nessas visitas, muitos cachoeirenses devem ter tirado fotos ao lado dela. É dessas fotos que preciso, para enviar ao amigo, que agora o tenho como amigo de nossa História e de nossa Cultura.

(Lamentável, registrar, no entanto, que além desse amigo, apenas uma pessoa cachoeirense demonstrou não só apreço, como vontade efetiva de preservar e colocar em visibilidade tão importante instrumento mais que centenário de nossa cidade).

Quem tiver fotos atuais da impressora, gentileza entrar em contato comigo e me emprestá-las para cópia - Garanto que devolvo o original.

 

Sem querer provocar

Sem eu querer provocar, mesmo, olha como as coisas acontecem na política!

O discurso do poder, para qualquer um que chega ao poder, é sempre o mesmo, a ponto de valer muito, na prática, a máxima de que "nada mais igual à situação do que a oposição no poder".

Qualquer leitor atento de História achará facilmente muitas dessas "coincidências de poder". Um desses autores, autor que admiro muito - Frei Betto - e de quem tenho diversos livros escritos por ele, embora não endosse todas as suas opiniões, é um dos craques em achar essas "coincidências de poder".

Num livro de Frei Betto, amigo íntimo de Luiz Inácio Lula da Silva, e em 2004, seu secretário particular, veja o que ele (Frei Betto) disse sobre as instituições (organizações) não governamentais e seu envolvimento com o poder (não mexi nem nas vírgulas - é cópia "ipsis litteris" do eu escreveu o Frei):

Escreveu Frei Betto em 30 de agosto de 2004:

- "Assinei o convênio entre o governo federal e o Instituto Paulo Freire, de São Paulo, para desbloquear os R$ 4 milhões reservados ao Talher no orçamento de 2004. Enfim... Mas continuo sem entender por que recursos federais precisam passar por instituições não governamentais para serem aplicados em projetos do governo federal. Talvez seja mais um recurso da política neoliberal para cooptar entidades da sociedade civil".

Tomara que o Bolsonaro, presidente, não leia isso, mas que o Frei Betto tá certo em quase cem por cento, isso tá mesmo.

 

E como está agora?

Escrevi há 4 anos - "CACHOEIRO - Tenho vergonha de ver que o artesão popular, os artistas e o agro-turismo e turismo cultural e regional sejam tão mal cuidados em CACHOEIRO - E se trata de um dos municípios - nessas áreas -dos mais ricos do Brasil". Agora? Melhorando.

Escrevi há 4 anos - "ELEIÇÕES - No momento em que se aproxima a eleição municipal do ano que vem, muita gente do bem (ou do mal), mas que sempre se calou (por interesse ou covardia), começa, agora, a dar pitacos políticos e Administrativos". Agora? Piorando.

Escrevi há 4 anos - "Com as exceções de sempre, pra mim isso se chama HIPOCRISIA e aplicação da Lei de Gerson: querem tirar vantagem em tudo, principalmente agora que existe um vácuo político na cidade de Cachoeiro de Itapemirim (e em outras também)". NÃO DIALOGO COM HIPÓCRITAS - Agora? Igual.

Escrevi há 5 anos - "Esse tal de MAQUIAVEL não é fácil não; escreveu pra hoje, há 500 anos. "Sempre será fácil persuadir a multidão quando nas coisas propostas for visível o ganho, ainda que por trás dele haja perda" - (Nicolau Maquiavel, pag. 154 dos "Discursos sobre a Primeira Década de Tito Livio"). - Agora? Continua na mesma - Maquiavel é eterno.

Publiquei há 5 anos - "Muitas vezes, o desejo de vencer enceguece o ânimo dos homens, que só enxergam aquilo que parece favorecê-los." (Nicolau Maquiavel, pag.453 dos "Discursos sobre a Primeira Década de Tito Livio"). - Agora? Continua na mesma - Maquiavel é eterno.

Publiquei há 5 anos - "TJ/MG - Justiça condena município por queda de idosa em calçada

O juiz da 4ª Vara da Fazenda Pública Municipal de Belo Horizonte, Renato Luís Dresch, condenou o município de Belo Horizonte a indenizar em R$ 3 mil uma idosa que caiu após tropeçar em um buraco de uma calçada no bairro Serra. Sobre o valor devem incidir juros e correção monetária. O acidente aconteceu em agosto de 2013. A senhora, com mais de 80 anos, afirmou que bateu a cabeça e sofreu traumatismo, escoriações no rosto, no braço direito e nas mãos. Disse que foi socorrida por uma pessoa e logo depois ligou para sua empregada pedindo socorro, seguindo de táxi para um hospital da região. Segundo ela, as calçadas devem ser mantidas pelo poder público, e o local onde caiu é cheio de buracos, portanto pediu reparação por danos morais". - Agora? Continua na mesma... ou piorando.

Publiquei há 5 anos - "Vou aproveitar que não tem meninas na sala, neste momento. Para mim, quem defende seus próprios bandidos e ataca os bandidos dos outros, por roubos iguais, é como aquele cidadão que ouve o chefe e o inimigo peidarem e acha cheiroso o peido do chefe e catingoso o peido do inimigo. Pra mim, isso iguala as pessoas, para o bem ou para o mal". - Agora? Muito Pior.


Higner Mansur Advogado, guardião da cultura cachoeirense e, atamente, vereador

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