Ideias para o Patrimônio Imaterial de Cachoeiro - Jornal Fato
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Ideias para o Patrimônio Imaterial de Cachoeiro

Existem problemas sérios em Cachoeiro. Um é a conservação do patrimônio histórico


Existem problemas sérios em Cachoeiro. Um é a conservação do patrimônio histórico. Enquanto o imóvel histórico é imóvel público, o pior que acontece é ele ser mal cuidado, mas, de forma geral quase, ele mantém as linhas gerais íntegras; não é demolido e, algumas vezes, até, é bem conservado, como é a Casa dos Braga, a Casa de Roberto Carlos, a Casa da Memória, o Museu Ferroviário, ainda que cumpra alertar que se o dito "Palácio Bernardino Monteiro", em sua visão geral está bem posto, ele padece de defeitos estruturais que enfrentarei noutra oportunidade Só lembrando: quando chove, a água da chuva escorrega(va?) pelo primeiro andar, isso mesmo, atravessa o segundo andar e vem chover no chão, pelas paredes e até por sobre os computadores das salas do primeiro andar.

Mas o que está aí em cima são apenas considerações gerais a serem enfrentadas oportunamente.

Falo, aqui e agora, sobre o casario privado da cidade, tanto o que já está tombado como patrimônio histórico quanto o que está em vias de tombamento e relacionado pela Prefeitura. Grande quantidade de imóveis, diga-se, todos merecedores, sim, do título, da proteção oficial e da conservação tal qual foram construídos. Mais uma vez, sobre isso, falarei noutras crônicas futuras.

O mote desta crônica são os imóveis cachoeirenses pertencentes a particulares, propriedades particulares portanto, quanto à matéria física que as compõe, e - do outro lado - imóveis cuja visão tornaram-se pública e agregada ao patrimônio imaterial do Município.

Sugestão que faço e que estenderei no foro adequado - Câmara Municipal de Cachoeiro de Itapemirim - é tentar mediar o público e o particular, dando a proteção devida ao patrimônio cachoeirense, representado por essas construções, ao mesmo tempo em que benefícios fiscais e outros sejam dados legalmente aos proprietários dos imóveis, exatamente porque já estão ou estarão perdendo parte do seu domínio. É que quem tem imóvel tombado passa a arcar com prejuízo até elevado, e nada mais justo que recebam contrapartidas adequadas e honestas, quais sejam a isenção do imposto predial incidente sobre o imóvel tombado e, quem sabe, no futuro breve, benefícios fiscais para a manutenção dos imóveis com qualidade e História, tal qual se faz hoje - é onde conheço - no Patrimônio Histórico particular de São Pedro do Itabapoana: - benefícios financeiros de reforma da construção, com patrocínio do Estado e, também, em Cachoeiro, do Município.

História, Cultura, Turismo e Patrimônio Material da cidade se faz com essa interação - tira-se algo do direito do particular e o poder público contribui com algum e toda a cidade, inclusive os "sem-imóveis", ganham dividendos na Cultura e no Turismo. É a proposta!

 

CALÇADAS, porta de entrada da Cidade
Temos visto em nossa cidade grande apelo por calçadas livres de impedimento ao caminhar. Nossas calçadas têm degraus, tem inclinações, são mal sinalizadas para deficientes e estão esburacadas e feias.
Estava lendo artigo do arquiteto urbanista de fama mundial Jan Ghel, onde ele fala que quer tornar os espaços públicos, sala de estar das cidades nas quais ele trabalha. Pensei. Então as calçadas por lá são boas, porque fazem a conexão entre esses locais, no direito de ir e vir das
pessoas. E que beleza! Proporcionam lazer.
O que está acontecendo com a gente? Vamos nos aquietar cada vez mais, dentro de casa, confinados a não apreciarmos a boa conversa, os encontros de rua, os cafés, os eventos públicos, porque é impossível a acessibilidade para todos? Nossa população tem envelhecido, constatamos ao caminharmos em nossas ruas. Vamos continuar construindo obstáculos e nos tornando invisíveis?
Qual a nossa parte em nossas calçadas em casa e no comércio? Simples; não criar degraus, nem rampas, nem usar material inadequado. Até aqui estamos criando uma Cachoeiro inacessível.  Precisamos parar com isso. Por uma cidade para as pessoas, principalmente, e não para nossos carros.

 

 

FRASES SOLTAS

Nenhuma dificuldade pode constranger um homem de caráter a ceder no cumprimento de seu dever. (Marco Túlio Cícero)

Depressa, meu irmão, e sai da pista, que o Brasil é um trem sem maquinista. (Millôr Fernandes)

Procurei sempre os caminhos mais curtos. Nas estradas que se abriram só há curvas onde as retas foram inteiramente impossíveis. (Graciliano Ramos)

A lembrança é eterna, mas é passado. (Higner Mansur)

A experiência ensina: é conveniente, às vezes, fechar um olho, jamais os dois. (Artur Graf)

Todo defeito que agrada ao chefe torna-se uma qualidade. (Provérbio árabe)

Um príncipe que não seja sábio por si mesmo, não pode ser bem aconselhado. (Maquiavel)

Justas são as guerras necessárias e piedosas são as armas quando só nelas há esperança. (Tito Lívio)

NÃO SE ESQUEÇA: - Construção na Beira Rio é com LEI FEDERAL - Nada com o PDM municipal. (Higner Mansur)

Prefeitura quer fechar a Ilha do Meirelles definitivamente. (Higner Mansur)

Não há coisa que mais pique que a inveja. (Padre Vieira)

Não devemos condenar os amigos pela informação dos inimigos. (Padre Vieira)

A turba acha que sabe tudo e quanto mais estúpida ela é, mais amplo lhe parece o horizonte. (Tchekhov)

Não posso compreender que a literatura consista no culto ao dicionário. (Lima Barreto)

Quando você bebe Coca-Cola o dinheiro vai para USA; se toma CAFÉ os $$ FICAM AQUI. (Higner Mansur)

Levar o certo longe demais e ele se torna errado (laranja espremida ao máximo dá só amargor). (Baltazar Gracián)

Artesãos de Cachoeiro terão auxílio municipal para a EXPOSANTO, Feira de Artesanato da Capital? Disseram-me que não. É ISSO MESMO? (Higner Mansur, em 02/10/2019)

Se queremos ser juízes imparciais, primeiramente disso nos persuadamos: - Dentro de nós não há ninguém sem culpa. (Sêneca)

Cavalheiros falam com o seu comportamento, homens medíocres falam com suas línguas. (Confúcio)

Não se deve esperar grandes gestos de pessoas mesquinhas. (R. Magalhães Jr.)

Cacunda do bobo é o poleiro do esperto. (Provérbio mineiro citado por Guimarães Rosa)

Teme o homem que conhece um só livro, que só tem uma opinião. (São Tomás de Aquino)

Não me envergonho, como essa gente, de confessar que ignoro o que ignoro. (Cícero)

Se você não duvida do meu caráter, qual a relevância de divergirmos na opinião. E vice-versa (Higner Mansur)


Higner Mansur Advogado, guardião da cultura cachoeirense e, atamente, vereador

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