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Terminei a leitura do best-seller internacional Sapiens, uma breve história da humanidade, do escritor israelense Yuval Noah Harari


Terminei a leitura do best-seller internacional Sapiens, uma breve história da humanidade, do escritor israelense Yuval Noah Harari. Obra lançada em 2011 e que já foi publicado em mais de 40 países.

O livro nos prende do início ao fim, o autor escreve com clareza, simplicidade e com uma profundidade que emociona. Impossível parar a leitura, pelo fascínio que nos absorve. Ele traça uma história da humanidade num enfoque totalmente diverso do habitual, esclarecendo como se deu o processo de dominação do homem sobre todas as outras espécies da natureza. Desenha a evolução científica, exemplifica como ela foi acelerando nos últimos séculos, e da dificuldade que muitos têm em acompanha-la. Lembrei-me do meu pai que ficava observando o fio externo da antena de TV, questionando como a imagem passava através dele. Segundo o autor, um cidadão que viveu na Antiguidade, se ressuscitasse 500 anos depois, na Idade Média, notaria pouca diferença no mundo. A partir daí tudo foi evoluindo, até que nos dois últimos séculos essa evolução se fez aceleradamente, e com a globalização, quase todos os povos do mundo a acompanham. Hoje, um adulto de 30 anos não passou por experiência similar àquela vivida por seus filhos adolescentes. Não nos imaginamos sem internet, e antes de 1990, nem se falava nela. Observamos as pessoas, em todos os locais com seus celulares conectados, e quem não adere a modernidade fica defasado.

Segundo o autor vivemos uma época até de paz entre as nações, se compararmos com o passado, sendo que o medo de uma guerra nuclear diminuiu a belicosidade das nações. As grandes mudanças sociais e políticas, que tiveram início em 1789, com a Revolução Francesa, aceleraram ininterruptamente nos últimos anos. Ao mesmo tempo que o homem é autor do maior progresso científico, ele é responsável pelo extermínio das espécies animais, a degradação delas pela indústria alimentícia, e pela deterioração constante da natureza. O homem busca incessantemente a própria felicidade, em detrimento de tudo que o rodeia - capitalismo selvagem.

Sugiro a leitura, é um livro de teor impactante e que nos leva a refletir sobre a nossa postura consciente no mundo e nas possibilidades do futuro, diante das transformações que se vislumbram.

 


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