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Fazendo um balanço de 2019, descubro que tenho muitos motivos para comemorar


Fazendo um balanço de 2019, descubro que tenho muitos motivos para comemorar. Como diz a bíblia, as coisas velhas já passaram. Eis que tudo se fez novo. E agradeço a Deus por isso.

Vinha, desde muito tempo, segura de que tinha as respostas necessárias para tocar a vida sem embaraços e tropeços. Mas de repente tive que me reinventar porque as perguntas foram mudadas. E tudo que é novo assusta. Faz perder o rumo, causa palpitações e tira o sono.

Confesso que fiquei perdida por um bom tempo, sem conseguir pensar rápido o suficiente para seguir em frente numa nova realidade. Mas considero que passei no teste. Talvez não tenha sido com louvor, mas o fato de estar firme e forte, e o melhor, de cabeça erguida, cheia de planos, mostra que estou no caminho certo.

Achei as respostas para as novas perguntas, e todas elas mostram que não posso abrir mão de quem sou e do que acredito em função do que me fizeram um dia. Realmente manter a essência é fundamental em tempos de tantas novidades.

Uma delas frequentar mecânico e eletricista, lidar com pedreiro e pintor, tocar uma reforma e tantas outras pequenas coisas que considerava inimagináveis até bem pouco tempo. Já sabia, mas descobri na prática, que tenho um Deus tremendo que cuida de mim nos pequenos detalhes, mesmo eu sendo tão falha e excessivamente humana. 

Mais do que nunca, por várias respostas inesperadas, quando só um milagre servia, sei exatamente o que é providência divina. E preciso confessar que essas experiências de fé, quando já não sou a mesma e achava que Deus poderia ter preferido assistir outro filho mais dedicado, são maravilhosas. Bom demais sentir-se protegida e acolhida pelo Pai celestial quando provavelmente está na lista negra de tanta gente por aí, inclusive na sua.

Então, tenho muitos motivos para comemorar e agradecer. Não sou mais a mesma e isso é muito bom. Saio de 2019 fortalecida, com cicatrizes e dores que não foram capazes de me paralisar. Gratidão a Deus por isso. E gratidão à minha família, porto seguro, e aos amigos que seguraram a minha mão nos momentos mais difíceis. 

Como fênix, em alguns momentos carreguei peso muito maior que eu. Achei que não seria possível vencer o novo ano. Mas estejam certos que como o pássaro da mitologia grega, renasci das cinzas. E sei que me ressignificarei quantas vezes forem necessárias. Pela fé de que o melhor de Deus está por vir. Feliz e abençoado Ano-Novo. 

 


Anete Lacerda Jornalista

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