Conversa ao pé do mouse - Jornal Fato
Artigos

Conversa ao pé do mouse

Não se conversa mais ao pé do ouvido, comunicação acontece nas redes sociais


Não se conversa mais ao pé do ouvido, comunicação acontece nas redes sociais através de e-mails, fotos, vídeos, stories, memes, emojis e lives. As pessoas se adaptam e criam seus próprios conceitos de comunicação, o facebook foi tomado por uma enxurrada de vídeos de autoajuda a fim de salvar o mundo, doses homeopáticas de bla, bla, bla, com música de fundo para completar a chatice ou por vídeos ao vivo denominados lives, que pouco interessam à maioria. Quem curte o primeiro banho do bebê a não ser pais e avós? E a pregação, a quimioterapia, a viagem, a festa que participo? Redes sociais têm por finalidade a comunicação e esta deve ser direcionada a amigos e pessoas com propósitos afins, rápida e objetiva, para quem, supõe-se, tem pouco tempo a perder. Público crônicas e os amigos são livres para lerem se assim o desejarem. Quase peço licença, tenho pavor de ser invasiva, a partilha me revitaliza e enriquece, só considero grosseria utilizarem o espaço do outro e montar palco para divergências, daí vou deletando opiniões e pessoas. Amigos se respeitam, basta entrar em mensagens e dar sugestões à vontade, evitando exposição pública. Só não me enviem qualquer tipo de corrente, sou mestre em empaca-las!

WhatsApp possui utilidade em todas as áreas, grupos seguem um objetivo comum, e se ater a esse cuidado é considerar o outro. Em períodos de eleição o desrespeito com a individualidade das pessoas se transforma em avalanche! Simplesmente me afasto quando não compactuo. A comunicação escrita é melhor aceita, áudios só para familiares ou emergências. Me atrai conhecer as postagens das cabeças pensantes através do Twitter, e por ser menos ligada a imagens pouco utilizo o Instagram, porém curto bastante as entrevistas no You Tube. Aliás, o grande barato das redes sociais é a globalização, a rapidez das informações e o intercâmbio entre gerações, tenho amigos de 9 a 90 anos!

 Já os modismos me intrigam e alguns são difíceis de digerir, e pegam igual vírus. Alguém posta e daí a pouco todos repetem como mantra. Exemplos? "Amo mais que chocolate", "amor pra mais de metro", "tipo assim", "falei e pronto", "super indico", "então" no início de frases - conjunção cujo objetivo é exprimir uma conclusão referente a frase anterior. E afinal, desabafar é permitido? Não! Então já era!

 

Marilene De Batista Depes

 


Comentários