Conselhos e atribuições - Jornal Fato
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Conselhos e atribuições

E a experiência que vivenciei no Hospital Evangélico merece ser partilhada


Foto: Arquivo FATO

Presido dois Conselhos de Direitos, o da Pessoa Idosa e o da Mulher. Ambos são paritários, metade dos componentes pertencem a sociedade civil e metade ao poder público. Narro alguns fatos que demonstram o quanto os conselhos são importantes para o desenvolvimento das políticas em defesa dos direitos.

Há alguns anos percebemos que num supermercado não havia caixa prioritária, enviamos ofício ao gerente e logo após foi resolvido, assim como a nosso pedido foi disponibilizado funcionário ao lado dos caixas dos Bancos, para auxiliar as pessoas idosas. Situação também desrespeitosa observei na portaria da Santa Casa, onde fui acompanhando uma senhora em visita ao marido e tivemos que enfrentar uma longa fila que chegava até a rua. Quando questionei a recepcionista sobre a preferência que deveria ser dada aos idosos, segundo o Estatuto, ela me respondeu que ali todos eram iguais. No dia seguinte foi enviado ofício, pelo Conselho, à superintendente e na mesma semana foi instalada a placa prioritária na portaria.

E a experiência que vivenciei no Hospital Evangélico merece ser partilhada. Meu marido realizou uma cirurgia cardíaca no Instituto do Coração, foi muitíssimo bem atendido, e o resultado além das expectativas. Contudo como acompanhante observei que, em algumas situações pontuais, os idosos não tinham seus direitos devidamente respeitados - o tratamento era nivelado pela média de idade. Como o Hospital Evangélico é uma referência no atendimento, quando meu marido teve alta publiquei crônica agradecendo aos médicos e destacando todos os pontos positivos. E no particular, como usuária, enviei ofício em nome do Conselho do Idoso, destacando o que havia observado. Na semana seguinte recebi um telefonema do Superintendente do Hospital convidando-me a proferir palestra para os colaboradores esclarecendo a insatisfação. As palestras foram ministradas em duas segundas-feiras, para atender a todos, devido a carga horaria de 12 por 36.  Na primeira delas observei que os funcionários concordavam comigo, houve empatia entre nós. E a grande surpresa ocorreu na semana seguinte. Quando cheguei, fui encaminhada por uma funcionária que me apresentou, item por item, as sugestões já atendidas. Chorei, a emoção tomou conta de mim e da equipe.  Agradeço a direção do HECI e colaboradores, em nome de todas as pessoas idosas que poderão usufruir de uma melhor qualidade de serviço. Muito obrigada!

 

Marilene De Batista Depes


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