Sem refrigerante nas escolas - Jornal Fato
Saúde

Sem refrigerante nas escolas

A notícia repercutiu positivamente entre gestores escolares, mães e profissionais de saúde


 

Roney Moraes

 

A decisão, divulgada na semana passada, de que a Coca-Cola Brasil, a Ambev e a PepsiCo Brasil deixarão de vender refrigerantes às escolas com alunos de até 12 anos ou que tenha a maioria dos alunos nessa faixa de idade repercutiu positivamente entre gestores escolares e profissionais de saúde.

 

A nutricionista Letícia Riedel de Jesus ressalta que a alimentação saudável trás muitos benefícios para a saúde.

 

"Quando somos crianças, a alimentação é muito importante para o crescimento e para o desenvolvimento. A escola tem um grande papel na formação dos hábitos alimentares dos alunos, por este motivo, a proibição da venda de refrigerantes nas escolas, foi um importante passo, visto que, o aumento do número de crianças com excesso de peso cresce a cada dia",  argumenta.

 

Conforme Letícia, o consumo de refrigerante não trás beneficio algum, denominados de calorias vazias, não possuem nutrientes, são ricos em açúcar, sódio e corantes.

 

"É importante ressaltar que, isso vale quer seja para versão normal quer seja a diet, zero ou light", revela.

 

Segundo a diretora Marlete Oliosi Motte, da Escola Municipal de Ensino Básico Monteiro Lobato, em Cachoeiro de Itapemirim, disse que a venda de refrigerantes nos colégio não deviam acontecer já há muito tempo e que é uma decisão muito válida.

 

"Nossa escola tomou a iniciativa de vender produtos naturais, como o suco da fruta, por exemplo. Devemos nos preocupar com a saúde dos nossos alunos", argumenta.

 

De acordo com a gestora, e escola segue um cardápio preparado pela Secretaria Municipal de Educação (Seme) e as orientações do Conselho da Merenda.

 

"Além disso, nossos professores trabalham dentro de sala de aula, de várias maneiras, a importância de ter uma vida saudável, abordando alimentação e também, o esporte", confirma.

 

Para a recepcionista e mãe, Valdilane Assumpção de Luca, de 46 anos, que tem um filho de 11 anos na escola, a mudança é essencial no cardápio escolar. "Antes era complicado porque a escola, ao mesmo tempo que pedia alimentação saudável para  lancheira, vendia o que não era saudável na cantina".

 

Para a recepcionista a criança acabava querendo o que estava cantina e as mães pela praticidade também acabavam preferindo, agora não.

 

"É um alivio saber que refrigerantes foram banidos e que as cantinas, na maioria das escolas, foram transformadas em cozinha ou só vendem o que é saudável. E o principal é que reflete na mudança de hábitos da criança em casa e no de toda a família", ressalta.

 

 

Saúde na escola

As fabricantes se comprometeram a comercializar nesses locais apenas água mineral, suco com 100% de fruta, água de coco e bebidas lácteas que atendam a critérios nutricionais específicos, mantendo o foco na hidratação e na nutrição.

 

A decisão foi divulgada ontem pelas empresas e valerá a partir de agosto. Em nota, as produtoras informam que consideram a obesidade um "problema complexo" e que reconhecem seu papel de ser parte da solução.

 

Na nota, "o novo portfólio tem como referência diretrizes de associações internacionais de bebidas. Novos produtos lançados pelas empresas poderão ser incluídos, no futuro, seguindo essas referências".

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