Penha 2024: missa remete ao que os fiéis buscam quando sobem o Convento - Jornal Fato
Religião

Penha 2024: missa remete ao que os fiéis buscam quando sobem o Convento

Solenidade foi presidida por Jonatan Rocha Nascimento, vigário paroquial na paróquia Bom Pastor, Cariacica


- Foto: Divulgação

Nesta Terça-Feira da Oitava da Páscoa, dia 2, a reflexão do padre Jonatan Rocha Nascimento, vigário paroquial na paróquia Bom Pastor, Cariacica, que presidiu a 3ª Missa do Oitavário em Preparação ao Dia de Homenagens à Padroeira dos capixabas (próxima segunda, dia 8), foi sobre o que nos leva à subida do Convento da Penha e ao encontro com Nossa Senhora da Penha, a exemplo de Frei Pedro Palácios, precursor da Festa da Penha há 454 anos.

"Começo a reflexão no início de tudo, sobre como tudo isso começou. Frei Pedro Palácios, que nasceu na Espanha, chegou na Bahia e veio para o Espírito Santo, onde fundou, em 1558, o que hoje chamamos de Convento da Penha. Ele que era frade, consagrado, pregador, catequista, veio anunciar a Boa Nova", disse.

O presidente da celebração destacou a importância histórica desse fato e como, para além de um local de reza, o Convento da Penha é um local da história do Espírito Santo, construído numa pequena montanha que derrama a graça de Deus por todo o Estado. "E, em 1570, uma capelinha construída lá do alto, também dá início à Festa da Penha, que naquele ano caiu dia 30 de abril. Frei Pedro Palácios, que pediu a graça de estar vivo para a primeira Festa da Penha, foi encontrado morto dia 2 de maio em frente à capelinha de São Francisco, ajoelhado no altar", contou.

E fez um questionamento: "O que fez frei Pedro Palácios sair da Espanha e vir morrer numa capelinha do Espírito Santo? E o que te traz aqui hoje? Às vezes o que nos traz ao Convento é a tristeza, o sofrimento, uma dor, um pedido. Quantas vezes viemos chorar diante do Senhor como Maria chorou por seu filho? Subimos as ladeiras, as escadarias em lágrimas, mas quando chegamos aqui, nos alegramos. Por que?"

Para o padre, a resposta para o que faz o povo subir o Convento e o que fez frei Pedro Palácios vir para cá é a mesma:  a certeza de encontrar uma Mãe que nos reconhece e que, nos braços dessa Mãe, há um Filho que nos ama. "Jesus chamou Maria pelo nome e é como se Ele dissesse: reconhece aquele que te reconheceu. E quando olhamos para Ela, é como se Ela também dissesse: Meu filho, confia naquele que te reconhece. O que nos traz ao Convento pode ser a dor, mas o que nos puxa aqui para cima é saber que nos braços dessa Mãe está nossa alegria, a alegria do Ressuscitado. É certamente isso que trouxe Frei Pedro Palácios até aqui, é isso que nos faz subir a Penha, é na Casa da Mãe que encontramos repouso e descanso", completou.

 

Oitavário

O Campinho do Convento da Penha lotou na tarde desta terça-feira (2). Na programação, o Oitavário, que antecedeu a Missa, emocionou os fiéis com a bênção das águas e as palavras de pregação dos frades.

Outro momento emocionante foi a visita da Imagem de Nossa Senhora no Centro Prisional Feminino de Cariacica (CPFC), pela manhã. Na ocasião, a imagem irá percorrer as galerias, o alojamento materno-infantil e as oficinas de trabalho, com cantos marianos e orações.

A Festa da Penha começou no último domingo (31) e vai até dia 8 de abril. Ela está entre os maiores e mais antigos eventos religiosos do Brasil, de grande relevância na identidade e na cultura do povo capixaba. É uma realização da Mitra Arquidiocesana de Vitória, Convento da Penha e Associação dos Amigos do Convento da Penha, e correalização da Prefeitura de Vila Velha.

Tem apoio institucional da Prefeitura da Serra e da Prefeitura de Cariacica. Patrocínio do Banestes e Cesan. O evento é viabilizado por meio da Lei de Incentivo à Cultura Capixaba (LICC), da Secretaria de Estado da Cultura.

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