Trabalhadores saem revoltados - Jornal Fato
Política

Trabalhadores saem revoltados

65 trabalhadores do rotativo de Cachoeiro estiveram na Câmara ontem, na tentativa de obter apoio dos vereadores


 

por Wanderson Amorim - [email protected]

 

Um grupo de 65 trabalhadores do rotativo de Cachoeiro de Itapemirim esteve na tarde de ontem (29) na tentativa de obter apoio dos vereadores para conseguir os empregos de volta, já que o sistema de estacionamento que era administrado pelo Hospital Infantil "Francisco de Assis" (HIFA), foi suspenso na última quinta-feira por recomendação do Ministério Público Estadual.

 

Após permanecerem pouco mais de uma hora no plenário, os trabalhadores saíram revoltados do Legislativo, pois receberam a notícia, através do Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimento de Serviços da Saúde do Sul do Estado (Sitesci), de que um vereador que não teve o nome revelado, havia dito que a Câmara nada poderia fazer por eles, e que o projeto que permitirá a licitação para contratar uma nova empresa para administrar o rotativo só será aprovado no ano que vem.

 

"Viemos aqui na Câmara em busca de uma resposta de tudo aquilo que aconteceu com os trabalhadores, pois estão todos desempregados. Não obtivemos nenhuma resposta de um prazo para que a nova empresa assuma o estacionamento. Ouvi de um vereador, não quero citar o seu nome, que nesta Casa de Lei não se pode resolver nada referente às demissões. Ele deixou bem claro que este ano não terá licitação de empresa", afirma o diretor jurídico do sindicato, Jackson Borel.

 

O presidente da Casa, Júlio Ferrari (PMDB) voltou a dizer que não tem pressa em votar o projeto de lei que cria o novo modelo de rotativo no município.

 

"Quero fazer novas audiências e agora que essas 65 pessoas perderam o emprego não tenho mais pressa. Pretendo colocar uma emenda na proposta para que o Hifa possa participar do certame. De coração, tenho vontade que o hospital ganhe e continue com o rotativo, pois o dinheiro não sairá de Cachoeiro e ficará com uma instituição que tanto ajuda nossas crianças", disse Ferrari, ressaltando que não há data prevista para novas audiências públicas e votação do projeto de lei.

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