Sindicalista sugere terceirização de serviços da Prefeitura - Jornal Fato
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Sindicalista sugere terceirização de serviços da Prefeitura

?Se não for feito isso, acho muito difícil o plano de carreira vir de fato para beneficiar?, diz Jonathan Willian sobre a situação do servidores em Cachoeiro


"Se não for feito isso, acho muito difícil o plano de carreira vir de fato para beneficiar", diz Jonathan Willian sobre a situação do servidores em Cachoeiro

 A saída para a Prefeitura de Cachoeiro conseguir dar reajuste salarial aos servidores efetivos é terceirizar serviços e, com isso, diminuir em no mínimo mil o  número de contratados, no universo de seis  mil atuais. A análise é do presidente do Sindicato dos Servidores  Públicos Municipais (Sindimunicipal), Jonathan Willian.

 

"Se não for feito isso, acho muito difícil o plano de carreira vir de fato para beneficiar", diz o sindicalista, que integra a comissão que vai acompanhar o trabalho do Ibam, instituto do Rio de Janeiro, contratado pelo prefeito Victor Coelho para elaborar o plano de cargos e salários do funcionalismo. O documento tem previsão de conclusão para o final de março.

 

"Acredito que, assim que o Ibam terminar a construção do plano, vamos ter uma grande dificuldade para custeá-lo. Porque, corrigir os vencimentos de todos é aumentar a folha de pagamento. Hoje, ela está girando em torno de 48% da arrecadação, cerca de R$ 12 milhões. O limite é 54%, ou seja, temos uma margenzinha de mais 6% na folha de pagamento. Isso não daria para dar aumento significativo para o servidor, para corrigir a tabela da forma como tem que ser feito (a defasagem, nos cálculos do Sindimunicipal é de 63%)".

 

A terceirização sugerida por Jonathan não atingiria Educação, Saúde e Fiscalização, mas sim serviços de limpeza, através da contratação de garis por empresa privada. A vigilância, o serviço de manutenção, o serviço de merenda das escolas.

 

"Uma série de setores que podem ser terceirizados, como o Governo do Estado já fez há bastante tempo. Aí, você reduz o número de contratados. Os aloca através de empresa privada, assim não entra no gasto com folha de pessoal. Faz licitação, contrata a empresa. Acredito que seja necessário terceirizar pelo menos mil contratações. As pessoas não iriam perder o emprego, estariam alocadas através de empresa privada, a Prefeitura apenas as tiraria da folha de pagamento para não extrapolar o limite. Conseguiríamos, então, arranjar os recursos necessários para valorizar a vida do servidor efetivo. Aplicar um plano de carreira valorizando o servidor".

 

As declarações foram dadas em entrevista ao jornal Espírito Santo de FATO, publicada no sábado (28), Dia do Servidor Público.

 

 

 

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