A solenidade era para a assinatura da ordem de serviço para a pavimentação asfáltica do trecho compreendido entre o trevo de Marataízes e a divisa com o Município de Itapemirim. mas, efetivamente, se transformou em ocasião para desagravo ao prefeito de Marataízes, Jander Nunes Vidal (PSDB), que passou mais de dois anos afastado do cargo, acusado de corrupção.

 

A cerimônia teve personagens ilustres, sobre um palanque improvisado em um caminhão. A obra, pequena em sua extensão, foi capaz de reunir o governador em exercício, César Colnago (PSDB), e os deputados Rafael Favatto (PEN) e Da Vitória (PDT), convidados, por Colnago, Theodorico Derraço (DEM) e Marcos Mansur (PSDB) não compareceram.

 

O governador interino e os deputados fizeram coro quanto à honestidade do prefeito, que a tudo ouvia com um sorriso no rosto, enquanto a plateia se espremia em uma minúscula tenda, retirada às pressas da beira da praia e instalada próxima ao referido trevo, com poucas cadeiras. Não foi suficiente para esconder do sol o público que chegou, alguns de ônibus.

 

"É um homem simples, humilde e honesto, que se realiza e é feliz aqui", disse Colnago. "Quem desvia dinheiro, não é para pavimentar estradas e tapar buracos. E demonstra isso com aquisição de bens. Jander não fez nada disso", continuou.

 

Jander agradeceu pelos elogios. Caso pudesse ser candidato, poderia ser enquadrado por campanha antecipada, como não o será, visto que já foi reeleito, foi também muito aplaudido por outros políticos, possíveis candidatos a prefeito, como Toninho Bittencourt e Marcos Vivácqua, que buscam seu apoio

 

Sobre a obra, além da constatação de se tratar de empreendimento de pequeno porte, sabe-se que deverá ficar pronta em 120 dias, embora a placa, de forma equivocada, preveja sua conclusão em 90 dias. Vai custar aos cofres públicos cerca de R$ 500 mil.

 

"Vai servir para escoar a produção e de rota alternativa para desafogar a estreita chegada de Marataízes"., analisa Jander. A concepção, segundo ele, foi feita ainda em sua primeira gestão, mas seu afastamento, logo no início do segundo mandato, atrasou o início das obras.