Prévia causa polêmica no PMDB - Jornal Fato
Política

Prévia causa polêmica no PMDB

Convencionais se reúnem para escolher pré-candidatura única para possibilitar articulações


Uma reunião da Executiva do PMDB de Cachoeiro acontece na próxima quinta-feira. No encontro, será definida a data da pré-convenção que deverá definir o pré-candidato a prefeito pelo PMDB, em Cachoeiro de Itapemirim - ES. Havia a expectativa de que a definição fosse tomada nesta semana, mas, o presidente do partido, Luiz Gonzaga Martins, explicou, na manhã desta segunda-feira (2), que o assunto ainda precisa ser debatido internamente. As prévias são motivo de discórdia entre os concorrentes.

 

Segundo o  ex-prefeito Roberto Valadão, 46 integrantes da executiva do partido terão direito ao voto na pré-convenção.

 

 

O ex-prefeito José Tasso, um dos nomes fortes na disputa da convenção do PMDB, é contra a pré-convenção, sob a alegação que não consta esse tipo de antecipação na legislação eleitoral.

 

"Não vivo da política e para a política. Trabalho. E essas mudanças ocorridas na legislação eleitoral giram em torno do momento em que o país está passando. Está muito cedo para a definição de um nome, até porque nessa eleição não teremos dinheiro de empresas nas campanhas. Acredito que Valadão, homem experiente na política, e aqueles que conduzem o partido terão bom senso em não realizar à pré-convenção", afirmou Tasso, que não confirmou sua participação na reunião de terça-feira.

 

Valadão, que não revela apoio a nenhum dos três pré-candidatos, defende as prévias. "Temos que definir um nome para que o nosso pré-candidato comece a se articular e se reunir com lideranças, uma vez que as eleições terão campanha de apenas 45 dias e a convenção deve ocorrer entre o final de julho e início de agosto. Com essa definição, já teremos um nome escolhido em comum acordo para homologação lá na frente", contextualiza.

 

 

Outro nome forte na disputa pela candidatura, presidente da Câmara, Júlio Ferrari, diz ser favorável à pré-convenção e ressalta que, por unanimidade, os participantes da reunião de quinta-feira foram favoráveis em antecipar a escolha de apenas um nome como pretendente a disputar a Prefeitura.

 

"Nessa reunião, o José Tasso não estava, mas enviou dois representantes que não se manifestaram em momento algum ser contra a pré-convenção. Sou completamente a favor, já que o espaço para a campanha deste ano é pequeno. Estou otimista e fazendo campanha para conquistar o voto dos membros do PMDB. Antes mesmo de entrar no partido, já estava conversando com as pessoas para que façamos um movimento forte em prol de Cachoeiro", afirmou Ferrari.

 

Júlio destaca que, caso seu nome passe na pré-convenção, começará a conversar com os partidos em torno de uma aliança, já que isso só é possível após a definição de um nome.

 

Pré-candidaturas

 

Além de Tasso e Ferrari, considerados favoritos, outros dois filiados ao PMDB apresentaram pré-candidaturas. O jornalista Toninho Carlos, em rede social, afirmou que "é importante que os convencionais do PMDB, que terão a missão de avaliar os três pré-candidatos, conheçam as propostas de cada um, antes de escolher um nome. Não seria justo, para os candidatos, irem para uma pré-convenção sem ao menos saberem quem são os convencionais que terão a difícil missão de escolher um nome entre os três nomes colocados pelo PMDB".

 

O quarto pré-candidato seria o bancário Sidney Schwan, que, no entanto, abriu mão da disputa. 

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