O prefeito de Cachoeiro de Itapemirim, Victor Coelho (PSB), negou manifestação de apoio ao movimento paredista realizado por familiares e amigos de policiais militares neste ano. Uma das acusadas de articular o protesto que durou mais de 20 dias citou o nome de Coelho em matéria publicada em jornal de circulação estadual nesta terça-feira (21).

 

A menção ao nome de Victor e também do deputado estadual Theodorico Ferraço (DEM) foi feita por Cláudia Bispo, que é mãe de um policial. A conversa foi obtida através de receptação telefônica autorizada pela justiça.

 

Ela falou com Ângela Santos, também acusada de envolvimento na greve, que viajou com os dois políticos. "Estavam todos a favor do movimento. Não era para terem mandado abrir os portões".

 

Em nota, a assessoria de comunicação da prefeitura informou que "o prefeito Victor Coelho não realizou qualquer viagem com os deputados e nunca manifestou apoio para qualquer parte envolvida".

 

Reunião

 

Na véspera do Carnaval, 24 de fevereiro, a deputada federal Norma Ayub (DEM), o deputado estadual Theodorico Ferraço (DEM), juntamente com o prefeito, realizaram uma reunião com as mulheres do movimento na Associação Comercial e Industrial de Cachoeiro de Itapemirim (Acisci), com a participação de empresários interessados em ouvir sobre medidas para a Segurança Pública. A iniciativa do encontro foi de Ferraço, que defendia a anistia aos policiais.

 

Em um evento com as manifestantes, no 9º Batalhão, por iniciativa de Norma, os políticos foram proibidos de participar pelo Secretário de Estado de Segurança, André Garcia.

 

A paralisação teve fim no sábado de carnaval, no dia 25 de fevereiro.