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Presidente Kennedy é, hoje, um oásis de tranquilidade em meio às dificuldades financeiras e/ou políticas que atravessam a maioria das prefeituras capixabas. O município, rico pelos royalties do petróleo, vive dias de tranquilidade institucional, dois anos depois de encerrada a intervenção judicial, por conta de desvio de recursos que levaram ao afastamento do então prefeito e do presidente da Câmara.

Muito deste novo momento se deve à jovem prefeita Amanda Quinta Rangel (SDD), 25 anos. Ela fecha 2014 em bom ritmo e pretende acelerá-lo no ano que vem. O principal objetivo é distribuir as riquezas do petróleo em forma de melhoria de vida para a população local. Para isso, investe pesado em educação, saúde, infraestrutura e também no campo, onde vive 70% da população.

Ontem pela manhã ela concedeu entrevista coletiva em que aponta algumas realizações e projeta outras. Alguns tópicos do que ela disse estão a seguir.

 

Educação

Desde o início da atual gestão, já foram investidos R$ 33 milhões em reformas, construção de escolas, melhoria da merenda, aquisição de uniformes para alunos, aumento de salários de professores e compra de equipamentos para a rede pública de ensino, desde a creche ao ensino fundamental, em que estão matriculados 2,3 mil alunos.

"Cuidando da escola e valorizando professores e servidores da educação, garantimos melhor ensino e um futuro promissor para as nossas crianças", diz a prefeita. O esforço, ao que parece, surte resultado. O município já alcançou, neste ano, a meta estipulada pelo Ministério da Educação apenas para 2017. Subiu um ponto no Índice da Educação Básica. Passou de 4,6 para 5,6.

O investimento não se restringe à educação básica. Segundo Amanda, 600 alunos, que de outra forma não teriam condição de pagar, recebem bolsa de estudos integral para frequentar as universidades da região ou ensino técnico. O investimento já ultrapassa R$ 8 milhões.

 

Agricultura

Com 70% da população morando na zona rural, o que acontece na agricultura tem grande repercussão em todo o município. No decorrer de 2014, forte seca castigou Presidente Kennedy e a Prefeitura lançou mão de programas para diminuir as perdas.

Com o maior rebanho leiteiro da região e 35 mil hectares de pasto seco também afetado por praga de lagartas, foram distribuídas mais de 12 mil toneladas de cana-de-açúcar para pecuaristas, compradas de agricultores do próprio município.

Os pecuaristas também recebem, mensalmente, 300 gramas de ração para cada litro de leite produzido. Em quatro meses, foram 702 toneladas distribuídas a 272 produtores.

A implantação do tíquete-feira, no valor de R$ 50,00 mensais, concedido a 300 famílias carentes, também ajuda a estimular a economia. A troca por alimentos cultivados por produtores locais pode ocorrer na Feira Livre, todas as quintas-feiras, com 54 expositores da região.

 

Metas

A Prefeitura de Presidente Kennedy tem investido em capacitação de mão de obra, de olho, principalmente, nas oportunidades que vão surgir caso o Porto Central se instale no município, como esperado. Para o ano que vem, serão 44 cursos gratuitos para a população, ao custo de R$ 1,5 milhão para a Prefeitura.

Também devem ser instalados no município, até abril, uma escola técnica agrícola, coleta seletiva, agência do Sine e Programa Jovem Aprendiz. A fábrica de polvilho, na comunidade quilombola de Cacimbinha, deve funcionar, após a reforma do prédio, em seis ou oito meses.

Ainda estão na pauta projetos estruturantes, como a urbanização da orla, entrega de 17 escolas reformadas e a construção de 250 casas populares no primeiro semestre.