Políticos brigam por UTI, mas hospital não recebe verba - Jornal Fato
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Políticos brigam por UTI, mas hospital não recebe verba

Prefeito e deputada federal dizem que disponibilizaram recursos para a unidade. É verdade, mas ele ainda não caiu na conta


    

"O município não precisa de vaidade do gestor, mas urgentemente de UTI", rebate Norma Ayub

"A Prefeitura de Itapemirim estará custeando as despesas da UTI do hospital Santa Helena, diz Prefeito Thiago Peçanha

 

"Se vier de um, ou de outro, tanto faz. Assim que for recebido será iniciada a compra dos equipamentos", diz Elizeu Vargas

A instalação da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no Hospital Evangélico de Itapemirim gerou desentendimento entre a deputada federal, Norma Ayub (DEM), e o prefeito do município, Thiago Peçanha (PSDB). Ambos trocaram farpas em redes sociais sobre quem teria conseguido o recurso para a empreitada, mas, enquanto os políticos brigam, o hospital não recebeu, ainda, um centavo sequer.

A deputada afirma que o recurso de R$ 1,9 milhões destinado à instalação é de emenda parlamentar já autorizada pelo Governo Federal. Já o prefeito, afirma que o valor destinado à implantação da UTI é de R$ 1 milhão, de recursos próprios do município, mais R$ 500 mil, repassados pela prefeitura de Presidente Kennedy.

Segundo uma publicação de Norma, 20 leitos de UTI, no valor de R$ 220 mil, já foram licitados com a emenda parlamentar. Sendo pouco mais de R$ 1, 7 milhão destinados à compra de outros equipamentos.

Conforme projeto aprovado pela Câmara Municipal de Itapemirim, para que o município firme convênio com o hospital, o prefeito garantiu, também em redes sociais, que a unidade será mantida com recursos do município.

Mas, segundo o presidente do Conselho Administrativo do Hospital Evangélico de Cachoeiro de Itapemirim, Elizeu Vargas, o hospital não recebeu nenhum recurso, até ontem. Nem municipal, nem federal. Portanto, nenhum equipamento foi licitado.

Vargas afirmou que há emenda registrada e aprovada destinada à instalação da unidade pela deputada, mas ele ainda aguarda o empenho do Governo Federal, para que o valor possa ser transferido ao hospital. Só com o dinheiro em caixa, a licitação será iniciada, e não há previsão para que isto ocorra.

Por outro lado, segundo Elizeu, há intenção da prefeitura em conveniar o valor afirmado por Peçanha, mas que ainda não houve nenhum repasse, embora a Câmara Municipal já tenha dado autorização.

O presidente do hospital disse, ainda, que a emenda registrada pela deputada, é destinada à compra de dez leitos, e como o local comporta até 20 leitos, os outros dez, viriam dos recursos da Prefeitura.

Elizeu não confirmou a previsão em que a unidade passa a funcionar. Mas garantiu que assim que as verbas foram recebidas, o processo de licitação será iniciado.

"Se vier de um, ou de outro, tanto faz. O valor que for depositado será bem-vindo, e assim que for recebido será iniciado a compra dos equipamentos", disse.

 

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