Mary Ruth pede emendas para que servidores que ganham mais se interessem (Foto: Divulgação/CMCI)

O Programa de Desligamento Voluntário (PDV) para servidores celetistas da Prefeitura de Cachoeiro de Itapemirim não é atrativo para os funcionários mais bem remunerados.

 

É o que se extraiu do pronunciamento da funcionária Mary Ruth Moreira Carvalho, que esteve na tarde desta terça-feira (28) na Câmara e pediu emendas ao texto original, principalmente quanto aos valores da indenização e o limite total de R$ 6 milhões para o plano.

 

Mary Ruth é servidora que está há mais de 35 anos no magistério e representante dos demais servidores interessados, pronunciou-se na sessão ordinária sobre o projeto de lei130/2017, que institui o PDV dos empregados públicos do Poder Executivo Municipal.

 

Segundo Mary, o projeto é fruto do pedido de servidores, mas é necessário fazer ajustes em alguns pontos. Por isso, a Comissão de Constituição, Justiça e Redação da Câmara vai se reunir com uma comissão de servidores para tratar do assunto e propor emendas ao projeto.

 

Um dos pontos que merecem revisão, alertou, é que o texto dá a entender que o recurso de R$ 6 milhões reservado para as indenizações pode não ser suficiente para atender o total de servidores interessados. "O texto fala em critérios cronológicos para atender o servidor, mas é preciso buscar alternativas", disse.

 

Ela também mencionou que programa semelhante feito pelo governo federal indenizou os servidores com o valor de 125% do salário por ano trabalhado. Já a prefeitura de Cachoeiro está oferecendo apenas R$ 1,5 mil por ano de serviço.

 

"Este valor é atraente apenas para quem recebe remuneração abaixo ou até este limite", afirmou, sugerindo que seja ofertado um outro cálculo para os funcionários que têm salário maior.