O prefeito de Itapemirim, Luciano Paiva (PSB), parentes, 12 empresários e seis ex-secretários municipais foram denunciados pelo Ministério Público Estadual (MPES) por suspeita de fazerem parte de uma associação criminosa responsável fraudes de mais de R$ 75 milhões. O órgão ministerial também pediu o afastamento do prefeito e demais envolvidos do cargo por 180 dias.

O Grupo de Atenção Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do MPES, afirma que as novas investigações apontam o prefeito como chefe da organização responsável por lesar os cofres do Município.

Já os primos dele, Leonardo Paiva e Evandro Paiva teriam como papel coordenar as atividades que teriam como finalidade direcionar licitações a um grupo de empresas, superfaturando as contratações e exigindo vantagens.

Levantamentos realizados pelo MPES estima que R$ 75,4 milhões em contratos foram fraudados, direcionados e superfaturados. Deste valor, R$ 45,2 milhões seriam de dano aos cofres públicos.

Investigações apontam que Evandro Paiva, a esposa Loriane Paiva e um empresário seriam os operadores do esquema e repassavam recursos oriundos de fraudes para contas de pessoas físicas usadas como "laranjas" pelo grupo.

 

Afastamento

Além do afastamento, o Ministério Público Estadual quer que os denunciados sejam proibidos de se aproximar por menos de 500 metros da sede Prefeitura e pede o bloqueio de seus bens para que possa ser reparado o dano de R$ 45,2 milhões dos cofres da Prefeitura.

O prefeito deve responder segundo o MPES, aos crimes de corrupção passiva, fraude em licitações, lavagem de dinheiro, comando de organização criminosa, abuso de poder econômico e apropriação e desvio de bens públicos.

A reportagem tentou contato com o prefeito e demais envolvidos, mas até o fechamento da edição não obteve êxito.