Hartung anuncia, de novo, que não será candidato - Jornal Fato
Política

Hartung anuncia, de novo, que não será candidato

Decisão tomada há duas semanas prevalece e governador não vai mesmo concorrer,apesar de rumores que circularam ontem


O governador Paulo Hartung (MDB) confirmou hoje (25) pela manhã, ao Jornal FATO, que não vai mesmo se candidatar à reeleição. A decisão fora tomada há duas semanas, mas ontem (24) houve forte movimentação para fazê-lo mudar de ideia. Após refletir, o político decidiu encerrar as especulações e se retirar de vez da corrida eleitoral como candidato.

O ex-secretário Chefe da Casa Civil, José Carlos da Fonseca Junior explicou, em entrevistas, que o movimento para que o governador reavaliasse a decisão, partiu dos 12 partidos aliados - dos quais se tornou porta-voz para este assunto - na terça-feira. A decisão de apelar novamente ao governador nasceu da dificuldade para encontrar nos partidos aliados um nome com densidade eleitoral e apoio suficientes.

"Quando ele anunciou a decisão, fomos em busca de alternativas, como o deputado Amaro Neto (PRB), o senador Ricardo Ferraço (PSDB), o vice-governador Cesar Colnago (PSDB)... depois, uma parte do nosso movimento tentou se entender com a senadora Rose de Freitas (pré-candidata ao governo pelo Podemos). Outra parte se movimentou em torno da candidatura nova, do professor Aridelmo Teixeira (PTB)".

Segundo Fonseca Junior, a complexidade das tratativas impediu o pleno entendimento entre os aliados. "Se fosse simples, estaria resolvido, mas tem muitos projetos, interesses, divergências e disputas", revela. "Diante das dificuldades de cada uma dessas tentativas, um conjunto importante de partidos se reuniu. Entendemos por bem fazer manifesto ao governador, pedindo que reconsiderasse a sua decisão. Ele nos ouviu. Ficou de considerar os nossos argumentos de ontem para hoje, e agora pela manhã, nos chamou para conversar e definiu manter o propósito de não disputar as eleições deste ano. Ele, portanto, não será candidato à reeleição".

O ex-Chefe da Casa Civil assegura que a escolha de Hartung não tem motivos políticos. "É decisão pessoal. Que ele amadureceu com seus próprios botões, com a sua consciência e, acima de tudo, com sua convicção de cumpriu seu papel e está na hora de passar o bastão".

O momento, agora, explica é de voltar às mesas de negociações. "Se Deus quiser, agora, vamos ter a oportunidade de encontrar quem possa levar o bastão. O objetivo da política não pode ser a política em si. Só disputar eleição. Ganhar eleição. Ser candidato. Ir à forra dessa ou daquela disputa. A política tem que ser um meio para construir uma sociedade e um mundo melhor", filosofa.

Se o candidato sairá do grupo de aliados, ou se cada um vai buscar seu caminho, isso será definido em próximas reuniões. Em outras palavras, o problema que seria resolvido com o retorno de Hartung, persiste.

Entretanto, Fonseca Junior assegura que existe orgulho do legado do governo, principalmente das ações de gestão fiscal, que deixam o Espírito Santo em condição muito melhor do que a outros estados, cuja construção, afirma ele, é de todos os partidos que deram apoio ao projeto liderado pelo governador.

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