Governo lança programa para diversificar exportação - Jornal Fato
Política

Governo lança programa para diversificar exportação


Foto: Divulgação/ADI

 

ADI-ES

 

O Brasil ocupa a 29ª posição entre os países no comércio exterior mundial. O Espírito Santo é responsável por apenas 3,6% das exportações brasileiras. Do total exportado pelo estado, mais de 80% são de commodities. Mudar a realidade do comércio exterior do Espírito Santo é o grande desafio que o governo quer enfrentar com a implantação do Programa de Qualificação para a Exportação (PEIEX) no Espírito Santo.

 

O programa é desenvolvido pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) em parceria com o governo do Estado e foi lançando oficialmente ontem, em solenidade realizada no Palácio Anchieta.

 

Empresários, representantes de instituições empresariais e autoridades participaram do lançamento do Peiex. O programa tem o objetivo de promover a cultura exportadora e aumentar a competitividade internacional das empresas brasileiras. 

 

"Os grandes projetos industriais conectaram o Espírito Santo ao mundo. Isto trouxe uma cultura gerencial de qualidade no comércio exterior. Houve uma época em que se pensava o Estado como porta de entrada para o mundo. Mas, não houve esforço para sermos porta de saída. Agora o desafio é levar aos pequenos e médios empresas a oportunidade de se capacitarem para se integrar ao mundo. Podemos ser um bom exemplo do que precisa ser feito no país", disse o governador.

 

Peiex

 

Desenvolvido pela Apex-Brasil, o Peiex começou a ser realizado no estado em junho e atualmente 70 empresas capixabas estão sendo beneficiadas. São empresas dos setores de confecção, móveis, metal mecânico e softwares, entre outros.

 

"Este programa é uma forma de diversificar a pauta de exportação do Estado e de trazer a pequena e média empresa para a exportação. Uma vez que nossos maiores exportadores são grandes empresas. Isto é importante para o Estado. Nós precisamos diversificar esta pauta. Mais de 80% de nossas exportações são commodities, mas temos capacidade e possibilidades de ampliar a participação das demais empresas neste segmento", disse o secretário do desenvolvimento, José Eduardo Faria de Azevedo.

 

Para saber como participar basta acessar o site da Sedes (sedes.es.gov.br) e ir no banner do Peiex. Qualquer empresa pode aderir ao programa. O atendimento é feito por técnicos especializados em comércio exterior que prestam consultoria dentro da empresa e é totalmente gratuito. O secretário informa que o programa é desenvolvido em três etapas: diagnóstico, melhoria de gestão e avaliação e acompanhamento. O prazo de conclusão é de seis meses, em média.  

 

"Com este programa estaremos qualificando nossas empresas e melhorando sua competitividade para ampliar nossa participação no comércio exterior", afirma José Eduardo. Segundo ele, o governo tem feito sua parte para estimular as exportações capixabas quando atua na melhoria da logística do Estado.

 

Para empresas, exportação é alternativa para enfrentar crise

 

Neste mês, a fabricante de tintas Belafix, localizada na Serra, vai fazer sua segunda exportação. A empresa participa do Programa de Qualificação para a Exportação (PEIEX) e está animada com os resultados. De acordo com o empresário, José Carlos Zonatelli, a meta é exportar 4 contêineres por mês e ampliar o faturamento da fábrica em 30% no próximo ano.

 

Ele conta que não é a primeira vez que a Belafix realiza uma exportação. A primeira vez aconteceu no ano passado com um envio de tintas para o Caribe. "Mas foi tudo muito devagar. Agora fizemos o dever de casa e aprendemos a trabalhar no comércio exterior", diz ele.

 

A empresária do ramo de jóias, Carolina Poubel, da Escola Capixaba de Joalheira conta que sempre quis exportar, mas esbarrava na falta de conhecimento sobre o tema. "Precisava ter noções de como fazer esta exportação, como colocar os preços nos produtos, como fazer o marketing. E aí comecei a fazer uma série de cursos e participar de palestras para começar a entender sobre exportação", disse ela, que está animada. "Acho que vai dar certo e será muito melhor do que continuar só aqui no Brasil", conclui.

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