Depois de experimentar dois mandatos consecutivos do Partido dos Trabalhadores, Cachoeiro de Itapemirim deu forte guinada à direita, como demonstram os números das eleições de domingo (7).

O candidato Jair Bolsonaro (PSL) teve acachapantes 66,89% dos votos, muito acima da média estadual 54%. Ao petista Fernando Haddad, couberam 14,1%. Dez pontos percentuais a menos do que o seu desempenho no Espírito Santo.

A onda direitista, antecedida por carreta sem precedentes na véspera, se confirmou nas urnas, também, com o surpreendente resultado do candidato ao governo, Carlos Manato (PSL).

Escorado em Bolsonaro, conquistou, no município, 42,59% dos votos, apenas um ponto a menos do que o vencedor, Renato Casagrande (PSB). Resultado expressivamente diferente dos 55,49% a favor deste e 27,22% ao pesselista em nível estadual.

Desde 2016, os cachoeirenses deram esse recado, com a pífia votação ao candidato do partido à sucessão de Carlos Casteglione, com menos de 3 mil votos. Desta vez, foi o próprio ex-prefeito a ver manifestada nas urnas a rejeição que soma seus mandatos e os desmandos nacionais, que transformaram o antipetismo no principal motivo de voto no candidato da direita.

Na disputa pela Assembleia, Casteglione convenceu 3.119 eleitores no município, que o põem abaixo do desconhecido, mas apoiador do presidenciável do PSL, Wellington Callegari (PSC), que em sua primeira eleição teve 3.395 votos nas urnas de Cachoeiro.

O resultado, praticamente, elimina as chances do ex-prefeito de voltar ao Palácio Bernardino Monteiro, como se cogitava. Para se ter ideia do tamanho do desprestígio, conseguiu mais votos fora do que dentro do município, já que teve 7.087 no total.

Cachoeiro se cansou do PT.