Decisão sobre devolução de verba revolta prefeito - Jornal Fato
Política

Decisão sobre devolução de verba revolta prefeito

Bosquinho (SD) acusou o presidente do legislativo de querer vantagem pessoal em troca do repasse


Fotos: Arquivo/Fato

 

Leandro Moreira

 

Levar vantagem pessoal em troca de repasse de recursos da Câmara Municipal para a prefeitura de Vargem Alta. Essa é a acusação que o prefeito João Bosco Dias (PSB), o Bosquinho, faz contra o vereador Luciano Quintino (SD), que anunciou avaliar as sobras financeiras do legislativo e encaminhar para a administração municipal somente após o dia 26 de dezembro.

 

"Existia uma parceria de devolução mensal, cujo dinheiro seria para ajudar nas despesas da saúde. O repasse parou, porque o presidente da Câmara quer levar vantagem pessoal em troca desta devolução de recursos. Certa vez, pediu uma retroescavadeira para fazer serviço na região dele como condição de devolver o dinheiro para a prefeitura", acusou Bosquinho.

 

O prefeito informou que em 2015, Luciano fez o repasse, religiosamente. Já neste ano, ocorreu somente em uma parte do primeiro semestre, no valor de R$ 180 mil. A prefeitura destina para a Casa de Leis, mensalmente, cerca de R$ 400 mil, segundo Bosquinho; e a sobra, também mensal, seria entre R$ 50 mil e R$ 60 mil.

 

"Repudia essa decisão dele (Luciano). Neste momento de crise, nada justifica que a Câmara fique com dinheiro guardado, sendo que as despesas já estão pagas. Essa 'pirraça política' prejudicou os pagamentos da saúde", complementou o prefeito.

 

O presidente do legislativo disse que, enquanto ocupa a Mesa Diretora, já repassou mais de R$ 700 mil para a prefeitura. "Depois que encerrar o exercício financeiro da Câmara, caso sobre dinheiro, vou devolver", disse o vereador.

 

Luciano desmentiu qualquer parceria e direcionamento do dinheiro que a Câmara repassa para a prefeitura, inclusive a acusação de vantagem pessoal. "É mentira, ele (Bosquinho) está jogando conversa fora e está me pressionando. Primeiro tenho que cumprir os compromissos da Câmara: 13º, exoneração de funcionários, fornecedores para depois ver o que sobra".

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