Leandro Moreira

 

O discurso de 'casa arrumada', embora empregado Brasil afora, por essas bandas virou uma espécie de bordão do governo de Carlos Casteglione (PT), uma vez que a população não comunga da afirmativa, vide a reprovação sequencial da administração em pesquisas. O prefeito eleito Victor Coelho aproveitou a janela aberta e desarrumou ainda mais a residência com a ventania de números negativos que herdará.

 

O socialista, durante a coletiva, comentou a propaganda feita pela prefeitura de Cachoeiro de Itapemirim, na qual é divulgada que as contas estão em dia, e desmentiu o fato. "Pode até ter contas em dia, mas temos posse de documentos que apontam R$ 11 milhões de 'restos a pagar' até outubro de 2017".

 

E não ficou só por aí. Victor disse que sua equipe está concluindo o estudo do Orçamento 2017, mas que, previamente, já foi possível identificar defasagem de R$ 30 milhões, ou seja, a o município pode arrecadar menos em 2017 do que foi previsto pelo petista.

 

R$ 1 milhão

 

Victor informou ainda que a senadora Rose de Freitas (PMDB) viabilizou algo em torno de R$ 1 milhão para obras de infraestrutura no município, que não estaria apto a receber o recurso. "Cachoeiro pode perder esse dinheiro por conta de dívidas da prefeitura com o Correios e a falta de prestação de contas da Secretaria de Educação", acusou.

 

A reportagem fez contato com a prefeitura para ouvir a posição do prefeito Casteglione sobre as declarações de Victor, mas não obteve resposta.