Casteglione resolve pendência apontada por Victor - Jornal Fato
Política

Casteglione resolve pendência apontada por Victor

O fechamento do contrato de R 1,5 milhão para uso futuro, enfraquece o discurso de herança financeira maldita lançado pelo prefeito eleito


 

O principal atrito público no período de transição de governo em Cachoeiro de Itapemirim ocorreu por conta da situação financeira da Prefeitura. Entre as acusações lançadas pelo prefeito eleito Victor Coelho (PSB), em entrevista coletiva, no último dia 17, apenas uma ainda permanecia de pé, mas também caiu, no penúltimo dia do ano.

 

Segundo o prefeito eleito, a senadora Rose de Freitas (PMDB) viabilizou algo em torno de R$ 1 milhão para obras de infraestrutura no município, que não estaria apto a receber o recurso. "Cachoeiro pode perder esse dinheiro por conta de dívidas da prefeitura com o Correios e a falta de prestação de contas da Secretaria de Educação", acusou. "Espero que os 13 últimos dias da atual gestão sejam suficientes para resolver essas pendências e que a cidade não perca essa verba de R$ 1,5 milhão", postou, no dia seguinte nas redes sociais.

 

Em 12 dias, o prefeito Carlos Casteglione (PT), resolveu a pendência. Assinou na tarde desta sexta-feira (30) contrato junto à Caixa do recurso, em valor de R$ 1,5 milhão de recursos do Ministério das Cidades para Execução futura.

 

Em dia

O fechamento do contrato enfraquece o discurso de herança financeira maldita lançado pelo prefeito eleito, que também acusara que herdaria dívidas de 11 milhões, valor que, segundo Casteglione, é referente a restos a pagar.

 

 

"Nenhum prefeito pode terminar o seu mandato e deixar contas a pagar sem recurso em caixa. É lei", rebateu Casteglione. "Existem, na verdade, dois tipos de restos a pagar: o processado e o não processado. No primeiro, trata-se de um compromisso assumido que necessariamente precisa de cobertura financeira. Ou seja, é um investimento com recurso em caixa para honrar o compromisso financeiro", ensinou.

 

E prosseguiu. "O segundo, é uma autorização de serviço ou fornecimento de bens, que pode ou não ser executado no exercício seguinte, mas que também necessariamente precisa de recursos em caixa. Sendo assim, resto a pagar, na mão de um bom gestor, pode representar oportunidade, mas na mão de um mau gestor, pode acabar se tornando dívida. Portanto, quem assumir a prefeitura no próximo ano encontrará um município sem dívidas, organizado e com condições de seguir em frente".

 

Orçamento

Outra preocupação manifestada por Coelho é com o orçamento de 2017, segundo ele, superestimado em R$ 30 milhões. Casteglione, mais uma vez, rebate. Segundo ele, o socialista poderia se articular junto aos vereadores para alterar a lei e aprovar de acordo com suas previsões, assim como fez o governador Paulo Hartung (PMDB) com a peça orçamentária elaborada por seu antecessor Renato Casagrande (PSB), ainda antes de assumir.

 

"A responsabilidade da atual administração é enviar a previsão orçamentária de acordo com o Plano Plurianual (PPA). Quem analisa e aprova é a Câmara".

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