Carne para merenda só chega na segunda - Jornal Fato
Política

Carne para merenda só chega na segunda

A prefeitura fez compra em caráter emergencial em abril, apesar de ter estoque garantido para o 1º quadrimestre


Nas escolas onde acabou a carne, há a substituição por outro alimento que contém proteína (Foto: Divulgação)

 

Em algumas unidades escolares de Cachoeiro de Itapemirim, a carne para a merenda dos alunos já acabou. Servidores também reclamam de ter de tirar do próprio bolso dinheiro para comprar gás para a cozinha - situação que só se regularizaria com o funcionamento de Programa Municipal de Dinheiro Direto na Escola, cuja primeira parcela fora depositada no último dia 15.

 

"Quanto à distribuição de carnes a previsão para escola receber é no dia 15 carne de frango e no dia 22 carne suína e bovina. A Gerência de Alimentação Escolar informa que esses produtos considerados como proteína no cardápio, estão sendo substituídas por proteína equivalente, não tendo prejuízo nutricional para o aluno", explicou a prefeitura, através de nota, a improvisação pela falta da carne.

 

Sobre a aquisição de gás, a prefeitura explicou que o produto é classificado como despesa de material de consumo, o que consta no rol do programa de dinheiro direto nas unidades de ensino, porém, em nenhuma parte da nota diz se houve o problema na compra antes de abril - o que teria feito gestores assumirem o compromisso, por conta própria.

 

"Excepcionalmente no ano letivo de 2017 está sendo necessária a aquisição do gás de cozinha com esse recurso, o que será feito de forma definitiva, a partir do exercício 2018 com seus devidos ajustes", informou. Um pai de aluno, que não quis se identificar, comentou que o filho reclamou da falta de biscoito. "A Gerência de Alimentação Escolar informa que a distribuição do biscoito está sendo realizada conforme Percapta/aluno, atendendo o valor nutricional exigido pelo Programa Nacional de Alimentação.

 

Sem licitação

 

A compra da carne foi realizada no dia 17 de abril, com dispensa de licitação. A prefeitura comprou de forma emergencial alegando a proximidade do desabastecimento da merenda nas escolas. No entanto, a ex-secretária de Educação, Cristiane Paris, afirmou que foi deixado estoque para o primeiro quadrimestre e avisou da necessidade de fazer o certamente logo em janeiro deste ano.

 

O contrato com a Distribuidora Centro Sul Eirelli, no valor de R$ 91.200, passou a valer ontem. A compra foi de 16 mil kg de carne de frango (coxa e sobrecoxa); o prazo de duração do contrato é de 180 dias. A outra aquisição foi junto à BH Foods Comércio e Indústria LTDA, de Minas Gerais, no valor de R$ 162.870, de carne bovina e suína.

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