Câmara terá que desembolsar R$ 150 mil para pagar dívida - Jornal Fato
Política

Câmara terá que desembolsar R$ 150 mil para pagar dívida

De acordo com o presidente Julio Ferrari (PMDB), o débito é de gestões anteriores


Foto: Wanderson Amorim

 

A Câmara Municipal de Cachoeiro de Itapemirim terá que desembolsar cerca de R$ 150 mil para pagamento de precatórios relativos a gestões anteriores. Os valores já pagos pela municipalidade foram destinados à empresa Xerox Comércio e Indústria LTDA e ao ex-vereador Francisco Gomes de Almeida, o "Chiquinho Enfermeiro".

 

De acordo com o presidente da Casa, Júlio Ferrari (PMDB), na legislatura 2001/2004, havia um convênio entre a Câmara e o Banco do Brasil. Na época, o então vereador Chiquinho Enfermeiro realizou empréstimo consignado no qual o valor de R$ 4.394,54 era descontado da folha de pagamento mensalmente, mas o setor financeiro do Legislativo não realizava os repasses, o que gerou a negativação do nome do parlamentar.

 

Chiquinho Enfermeiro abriu processo contra a Câmara na Justiça, que acabou perdendo a causa e foi condenada a ressarcir o ex-vereador em R$ 63.126,04.

 

A Câmara também perdeu processo para a empresa Xerox, que cobrou dívida de locação de máquinas copiadoras referente à legislatura 2005/2008. Na época, o Parlamento chegou a negociar a dívida de R$ 28.813,75, mas não cumpriu o acordo.

 

Durante o período, uma máquina copiadora de cerca de cinco metros que estava no Legislativo em regime de comodato desapareceu das dependências da Câmara, que recentemente foi condenada a desembolsar R$ 83.946,04.

 

"Não dá pra acreditar que sumiram com uma máquina gigantesca daquela. Isso é um descaso com o dinheiro público. Já mandei comunicar esses fatos ao Ministério Público Estadual para que os responsáveis paguem pelo erro", afirmou Júlio Ferrari.

 

A prefeitura já efetuou o pagamento referente às duas condenações e cobra a Câmara o ressarcimento do valor. Ferrari tentou negociar a dívida em 24 parcelas, mas o prefeito Carlos Casteglione (PT) não aceitou e propôs que fosse dividida em apenas seis, proposta também recusada pelo presidente do Legislativo, que decidiu efetuar o pagamento à vista. Os valores serão descontados dos repasses feitos pelo Executivo ao Parlamento referente aos meses de julho e agosto.

 

A reportagem tentou contato com o ex-presidente da Câmara, Marcos Coelho, para saber o seu posicionamento sobre o assunto, mas não obteve êxito.

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