Câmara de Cachoeiro vai reformar o primeiro andar - Jornal Fato
Política

Câmara de Cachoeiro vai reformar o primeiro andar

Fabrício do Zumbi é contra a reforma e critica pouco espaço dos gabinetes


O presidente da Câmara de Cachoeiro, Júlio Ferrari (PV), vai reformar o primeiro andar do prédio que abriga o Poder Legislativo, no Centro. O espaço vai abrigar os gabinetes dos 19 vereadores.

 

A licitação já está em andamento. A obra é estimada em R$ 396 mil, valor definido de acordo com a tabela do Instituto Estadual de Obras Públicas, que serve de referência para todo o Estado.

Três empresas apresentaram propostas. Ganha quem der o maior desconto para sua execução. Ferrari garante que não aceitará aditivos.

Uma das empresas apresentou recurso quanto a qualificação de material. Caso não haja novos contratempos, a reforma deve começar na primeira quinzena de dezembro e durar 90 dias. É a primeira etapa. Depois de concluída, os andares superiores deverão passar pelo mesmo processo.

Segundo Ferrari, o prédio necessita de reformas estruturais e ao instalar todos os gabinetes, hoje espalhados pelos quatro andares, incluindo o térreo, será possível fazer reparos, principalmente na rede elétrica e infiltrações, que formam combinação perigosa, amenizada com a instalação de cobertura, que custou R$ 15 mil.

Em alguns gabinetes atuais, o mofo toma conta da parede, em outros, não há ventilação adequada e, na maioria, a situação é de insalubridade flagrante.

 

Contra

O lançamento do edital de licitação para a reforma da Câmara Municipal de Cachoeiro de Itapemirim está causando atritos entre vereadores, e o caso já foi parar no Ministério Público Estadual (MPES) e no Tribunal de Contas (TC).

Fabrício do Zumbi fez representação contra o presidente da Casa, e o acusa de não mostrar o projeto a seus pares. Além disso, é contrário à instalação de todos os gabinetes num só andar, por considerar não haver espaço suficiente e que a intervenção é cara e desnecessária.

Também considera que seria necessário fazer o projeto para o prédio inteiro, para orçar os custos e ver se a obra é viável, mesmo que se licite por andares. Teme que no futuro não haja recursos suficientes para completar o serviço e também a repercussão que os gastos terão ante a opinião pública.

O vereador diz que espera que Ferrari "tenha bom senso e humildade de voltar atrás e cancelar o edital de reforma da Câmara".

Para Ferrari, entretanto, o fato de nem o Ministério Público ou o Tribunal de Contas terem embargado o andamento da licitação é indicativo de que o processo está correto. Ele frisa que fazer licitação é ato discricionário do presidente, sem necessidade de aprovação do plenário.

O dinheiro para a construção, alega o presidente, foi economizado ao longo de nove meses. "O projeto arquitetônico da obra foi apresentado aos vereadores em 2013, mas a reforma foi adiada quando foi descoberto rombo de R$ 1,2 milhão, desviados pelo ex-contador da Casa, Hélio Grecchi, atualmente preso".

A última reforma feita na Câmara, foi há 15 anos. Atualmente, o prédio sequer tem alvará de funcionamento, expedido pelo Corpo de Bombeiros. 

Comentários