Ato pró-Dilma é marcado por confusão em Vitória - Jornal Fato
Política

Ato pró-Dilma é marcado por confusão em Vitória

Vários estados do Brasil tiveram rodovias paralisadas e no estado do Espírito Santo jornalistas e cinegrafistas foram agredidos


 

As manifestações pró-Dilma que aconteceram na manhã desta terça-feira (10) em vários estados do Brasil, paralisou avenidas e bloqueou rodovias pelo país. No estado do Espírito Santo jornalistas e cinegrafistas foram agredidos.

 

A interdição teve início às 06h00 e terminou por volta das 08h30. O ato, chamado de "paralisação contra o golpe e pela democracia", interditou as avenidas Jerônimo Monteiro e Getúlio Vargas, em frente ao Palácio Anchieta, em Vitória, também bloqueou a BR 262, em Viana. Aproximadamente 300 manifestantes, de acordo com a Frente Brasil Popular, ou 150, segundo a Polícia Militar, estiveram presentes no protesto.

 

 

A Polícia Militar chegou a lançar bombas de efeito moral para afastar os manifestantes, mas eles permaneceram no local. Já o corpo de bombeiros apagou o fogo que havia sido colocado em pneus e também fizeram a limpeza da pista para liberar o trânsito no centro de Vitória.

 

Pelo menos três pessoas ficaram feridas. Duas, que não participavam do protesto, passaram mal por causa do spray de pimenta e uma foi atingida na orelha por estilhaços da bomba de efeito moral.

 

Violência

 

 

Durante a cobertura da manifestação, jornalistas e cinegrafistas foram agredidos no Centro de Vitória.

 

Os repórteres Geilson Ferreira, da  TV Tribuna e André Falcão, da TV Gazeta, foram chutados pelos manifestantes. A repórter Suellen Araújo, da TV Vitória foi atingida ao vivo. Os policiais precisaram usar spray de pimenta para acabar com a confusão.

 

Em outros estados

 

 

Com pneus queimados, faixas e cartazes contrários ao processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff, manifestantes bloquearam rodovias em pelo menos oito estados e no Distrito Federal e também em vias importantes das duas maiores cidades do país - Rio de Janeiro e São Paulo.

 

No Rio, usando faixas em que se lia "não vai ter golpe" os manifestantes bloquearam a rodovia Rio-Santos, na altura de Itaguaí. Mais cedo, a via Dutra, que liga o Rio a São Paulo, também chegou a ser interditada, mas foi liberada, de acordo com informações do Centro de Operações da prefeitura carioca.

 

Em São Paulo, os manifestantes interditaram logo cedo duas das principais vias expressas da região metropolitana.

 

Em Brasília, foram bloqueadas com pneus queimados as rodovias BR-070 (Brasília-Mato Grosso), na altura do km 18, perto de Águas Lindas, e a BR-020 (Brasília-Salvador), na altura do km 17. Ambos os protestos foram encabeçados pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Eles reivindicam também a reforma agrária, além da suspensão do processo de impeachment de Dilma.

 

De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), manifestantes - ligados à Central Única dos Trabalhadores (CUT) e ao MST - bloquearam também a BR-101, na altura do km 83, em Pernambuco. No Amazonas, foi interditada a BR-174, na altura da cidade de Presidente Figueiredo. Na Paraíba, foi fechada BR-230, em Bayeux, enquanto que na Bahia os manifestantes da CUT interditaram a BR-324, em Feira de Santana. No Rio Grande do Sul, o acesso a Porto Alegre ficou interditado devido a um protesto na BR-290.

 

Ontem, a CUT divulgou nota em que anunciava um dia nacional de mobilizações e paralisações para hoje. Segundo o texto, seriam realizados atos em todos os estados, incluindo o fechamento de rodovias, passeatas e ocupações de escolas e universidades.

 

Informações da Agência Brasil. 

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