Aliada de Temer, senadora defende eleição direta - Jornal Fato
Política

Aliada de Temer, senadora defende eleição direta

Rose de Freitas cobra explicações do presidente e diz que o país merece saber a verdade


Rose de Freitas: o país merece a verdade (Foto: Divulgação)

 

Tendo um relacionamento bem próximo do presidente Michel Temer, a senadora Rose de Freitas (PMDB) cobra esclarecimentos do presidente.

 

"É um momento de perplexidade, de angústia, dúvida e incerteza. O apelo que fazemos é que o presidente esclareça ao país, que se essas fitas existam que elas apareçam. Estamos cheios de perguntas sem respostas. O país merece a verdade".

 

Para Rose, caso haja novas eleições, esta deve ser direta. "No momento que tiver eleição, que não haja eleição indireta. Não tire de dentro do Congresso presidente e vice, deixa o povo decidir. (Rodrigo) Maia (presidente da Câmara dos Deputados) não tem condição de conduzir uma eleição indireta para escolher um novo presidente".

 

Deputado federal de oposição, Hélder Salomão (PT) classificou as denúncias como graves. "As denúncias são gravíssimas, é como se tivesse caído uma bomba em Brasília. Nós, do PT, junto com outros partidos, vamos apresentar um pedido de impeachment, pois não estamos falando mais de convicções, mas de provas de corrupção do presidente Temer."

 

Diante das denúncias, o ministro do Supremo Tribunal Federal, Luiz Edson Fachin, homologou a delação, afastou o senador Aécio Neves de seu mandato e autorizou abertura de inquérito contra o presidente Michel Temer, tornando-o investigado pela Justiça.

 

Pronunciamento

 

Em seu pronunciamento em rede nacional, Michel Temer afirmou que permanecerá no cargo. "Não renunciarei. Repito: não renunciarei. Sei o que fiz e da correção dos meus atos. Exijo investigação plena muito rápida para os esclarecimentos ao povo brasileiro. Meu único compromisso é com o Brasil, e só este compromisso me guiará."

 

Temer iniciou sua fala argumentando que demorou a se pronunciar, porque procurou conhecer os detalhes da denúncia. Antes de declarar que não renunciaria, o presidente elencou algumas ações de seu governo que ele qualificou como avanços do país, como queda da taxa de juros e as reformas em tramitação no Congresso, por exemplo.

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