Em sua passagem por Cachoeiro de Itapemirim ontem, o ex-ministro e pré-candidato à presidência da República, Ciro Gomes (PDT), não poupou críticas ao governo Temer e convocou o povo a ir para as ruas amanhã contra as reformas, principalmente da Previdência Social.

 

"O momento é agora, pois depois é mais difícil voltar atrás. Dia 28 (amanhã) o povo tem que fazer alguma coisa para mostrar a insatisfação com esse rumo errado que o Brasil está tomando", defendeu Ciro Gomes durante palestra a estudante do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes), em Morro Grande.

 

Ciro chegou a Cachoeiro acompanhado do deputado estadual Rodrigo Coelho (PDT). Logo após visitar o Ifes, o ex-ministro seguiu para o Cerimonial Athenas onde ministrou palestra para 1,2 mil convidados do Sicoob-Sul, que promoveu a vinda dele à cidade.

 

O presidente do Sicoob Sul, Rubens Moreira, disse que o nome de Ciro Gomes foi escolhido por ser uma grande liderança nacional e de grande conhecimento da economia e da vida política.

 

"Ele foi ministro duas vezes, no Governo Lula e de Itamar Franco, quando ajudou a implantar o Real no Brasil. Foi governador do Ceará. Ciro tem um diferencial. É um homem inteligente e preparado", justificou.

 

Na avaliação de Ciro Gomes, o problema previdenciário no país é real, mas a forma de ação do governo está errada, atingindo principalmente o trabalhador.

 

"Temos 14 milhões de desempregados no Brasil e 9 milhões de trabalhadores vivendo de biscate, no trabalho informal, e por isso não contribuem É claro que o problema da Previdência não deve ser atacado como está sendo feito", argumentou.

 

Em entrevista ao Fato, o ex-ministro atacou o presidente Michel Temer, chamando-o de golpista e impopular, e afirmou que sido vítima de ataques em função da postura contrária ao atual governo.

 

"Quem fala o que eu falo e enfrenta as lutas e antagonismos que enfrento vai sofrer o pão que o Diabo amassou", reclamou.

 

Por fim, Ciro Gomes afirmou que tem total apoio do partido ao seu nome como pré-candidato à Presidência. "Vou cumprir meu destino e servir a esse país. Seria uma honra muito grande ser o presidente dessa grande nação", afirmou.