Após ler a reportagem publicada na edição de hoje (17) do Espírito Santo de Fato, Jonas Nogueira (PV), que estava entre os três vereadores "em cima do muro" quanto à redução de cadeiras na Câmara de Cachoeiro de Itapemirim para o pleito 2017/2020, decidiu apoiar a causa.

Ele declarou, em entrevista exclusiva, que se Cachoeiro fosse acompanhar o número de vereadores da Grande Vitória teria que ter nove vagas no Legislativo Municipal.

 

"É a proporcionalidade em relação ao número de habitantes. Lá na Grande Vitória dá uma média de um vereador para cada 23 mil habitantes, enquanto aqui temos um para cada dez mil. Antes eu não havia me posicionado nem a favor nem contra o número de vereadores porque precisava de informações para formar minha opinião. Mas, diante dos dados que vi na reportagem, percebi que se acompanharmos as cidades da Grande Vitória o ideal seria que tivéssemos dez cadeiras a menos nessa Casa. Mas acredito que 11 vagas é um bom número. É preciso uma analise aprofundada", pondera.

 

Para Nogueira, a redução de oito vereadores poderia resolver os problemas financeiros da Câmara e sobraria até dinheiro para devolver ao município. "Se com a diminuição de quatro cadeiras, como o presidente Júlio Ferrari (PV) está propondo, a economia anual seria de R$ 1 milhão, por que não reduzir oito vagas? A economia seria de R$ 2 milhões por ano, e de R$ 8 milhões no pleito. Agora não adianta sobrar dinheiro e criar cargos para que ele seja gasto como verba de gabinete. Esse recurso poderia salvar a questão financeira da Casa, implantar a TV Câmara, que vai ser útil para a população acompanhar o que os vereadores fazem, e ainda devolver o dinheiro para a Prefeitura investir em outras áreas em benefício da população", defende o vereador.

TV Câmara

Ainda sobre o canal de televisão do Poder Legislativo, Jonas Nogueira disse que, atualmente, é inviável por falta de recursos financeiros.

Ele denuncia que um funcionário efetivo da Câmara está há meses na Assembléia Legislativa sendo treinado para adquirir conhecimento para a implantação do canal, pois acredita que essa despesa para o Legislativo Municipal é em vão.

"O projeto de uma emissora de TV não condiz com a realidade vivida pela Câmara de Cachoeiro. Como implantar uma TV, se estamos falando em diminuir o número de vereadores, e não estamos quase nem conseguindo pagar os salários dos servidores? Nem o reajuste de salários, que está previsto na Constituição Federal, poderemos conceder aos funcionários. Então para que ter um servidor custeado pela Câmara lá em Vitória? Qual vai ser o aproveitamento disso, se nós não temos condições de implantar uma emissora aqui? Precisamos de resultados efetivos! Por isso, acho que o servidor tem que voltar para cá", argumenta.