Um vigia, de 33 anos, foi baleado na tarde desta terça-feira (31), dentro da escola Florisbelo Neves, no bairro Novo Parque, em Cachoeiro de Itapemirim. Ele foi socorrido com vida e encaminhado para o hospital.

O crime aconteceu por volta das 13h30, não havia crianças pelo pátio e não houve feridos além do vigia. Os estudantes entraram às 13h00, cerca de meia hora antes do ocorrido.

Segundo a polícia, a vítima estava no pátio da escola municipal de educação básica, onde trabalha, quando dois homens em uma moto CG Titan, de cor vermelha, pararam em frente à escola. O que estava na garupa desceu, entrou na instituição e atirou contra o vigia.

Vizinhos, que pediram para não serem identificados, contaram que ouviram cinco disparos. Segundo a própria vítima informou ao Corpo de Bombeiros durante o socorro, ele é ex-agente penitenciário, o que pode ter motivado o crime, mas a hipótese não foi confirmada pela polícia. 

O vigia foi atingido por dois tiros: um no braço e outro que entrou pelas costas e atravessou o abdômen. Levado à Santa Casa de Cachoeiro, passou por uma cirurgia durante a tarde.

Crianças deitam no chão para não serem atingidas

As crianças já estavam em sala de aula no momento dos disparos. Algumas delas, têm a janela virada para o pátio. Segundo o pai de aluno, de sete anos, que não quis se identificar, a professora pediu que a turma deitasse no chão quando percebeu os disparos. Ele alega que o crime pode ter ocorrido dentro da escola por um descuido da própria vítima.

"A professora pediu que todos deitassem no chão, quando percebeu os tiros e só deu ordem para levantarem assim que a polícia chegou. Eles mantiveram os alunos calmos e foram liberando conforme a chegada dos pais, que souberam do ocorrido", disse.

O pai do aluno acredita que, por se tratar de escola para crianças, o portão deveria ficar trancado, e não encostado. "Não sei dizer o motivo do crime ou se o rapaz já estava sendo ameaçado, mas para segurança dele e das crianças o portão deveria ficar com cadeado, já que a própria estrutura da escola é vulnerável. A guarda e a PM deveriam fazer mais rondas também".

A Secretaria de Segurança e Trânsito informou que enviou uma guarnição da Guarda Civil Municipal à escola e fez contato com a Polícia Militar para que possa prestar auxílio no patrulhamento do local.

O caso será investigado pela Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa - DHPP, de Cachoeiro. Qualquer informação pode ser passada pelo 181 ou 190, não é preciso se identificar.