Tiroteios tiram o sono de moradores do Zumbi - Jornal Fato
Polícia

Tiroteios tiram o sono de moradores do Zumbi

De acordo com a Polícia Militar, há no local intensa guerra pelo poderio do tráfico de drogas


A guerra entre traficantes no bairro Zumbi é antiga (Foto: Divulgação)

 

Redação

 

Moradores estão assustados com as constantes trocas de tiros ocorridas nos bairros Zumbi e Alto Eucalipto, em Cachoeiro de Itapemirim.

 

De acordo com a Polícia Militar, os disparos de armas de fogo são resultados de uma intensa guerra pelo poderio do tráfico entre criminosos dos dois bairros vizinhos.

 

Em duas semanas, dois adolescentes foram baleados. Um deles morreu. Foi Antônio Marcos Jesus Pereira, de 16 anos, que no dia 16 de fevereiro foi baleado com quatro tiros por um menor de 14 anos, morrendo seis dias depois no hospital.

 

O crime mais recente ocorreu na quarta, quando um rapaz de 17 anos foi atingido no peito ao descer uma escadaria. Ele está internado na Santa Casa. Amigos afirmam que a vítima foi atingida ao se deparar com integrantes de um grupo que almeja tomar o controle do tráfico.

 

A polícia investiga se ele tem envolvimento com algumas das gangues. No entanto, amigos do rapaz garantem que ele não tem ligação com nenhum dos bandos.

 

"Ele só estava no local errado, na hora errada. Foram muitos tiros e foi baleado assim como qualquer outro que passasse no momento", afirmou uma moradora.

 

Guerra é antiga

 

A guerra entre traficantes rivais no bairro Zumbi e Alto Eucalipto é antiga. Segundo o delegado de Crimes contra a Vida, Guilherme Eugênio Rodrigues, desde 2013 há mortes de ambos os lados.

 

Ainda, de acordo com ele, as lideranças dos bandos foram presas. "No entanto, novos jovens e adolescentes estão tentando assumir esses postos, dando continuidade à guerra", disse.

 

No ano passado, depois de vários conflitos, a Polícia Militar deflagrou a Operação Palmares, com a presença de 100 policiais, que permaneceram na região.

 

Em 2017, o clima voltou a ficar tenso, com várias ocorrências de troca de tiros. A situação piorou com a paralisação da PM.

 

Com medo, a população pede a presença da polícia. A Polícia Militar afirma que vem realizando patrulhamentos frequentes nos bairros.

 

O Exército, que ficou em Cachoeiro entre 11 de fevereiro e ontem, também informou, no dia da chegada, que visitaria o bairro. A reportagem contatou o comando da Força-Tarefa Conjunta, que alegou não ter os dados devidamente compilados.

 

Segundo a assessoria de comunicação da prefeitura, as ações do Exército eram independentes e o município participou somente listando os locais mais perigosos.

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