O subcomandante do 9º Batalhão da Polícia Militar que atua interinamente como comandante do quartel, Major Marsuel Botelho Riani, afirmou ontem que irá abrir sindicância para apurar as graves denúncias feitas com exclusividade ao Espírito Santo de Fato pelo vereador de Cachoeiro, Alexandre de Itaoca (PR) de que teria sido ameaçado de morte por um dos militares que efetuou a sua prisão.

 

O parlamentar foi preso no último final de semana sob a suspeita de cometer crimes de embriaguez ao volante, desacato, dano ao patrimônio público e advocacia administrativa qualificada, quando o mesmo teria tentado liberar jovens que eram abordados por estarem com documentação de suas motos irregulares.

 

Segundo o Major Riani, até a tarde de ontem, nenhuma denúncia contra os policiais envolvidos na ocorrência havia sido feita ao Comando ou a Corregedoria da Polícia Militar. Mas garantiu que vai abrir uma sindicância para apurar os fatos e encaminhará o relatório final ao Ministério Público Estadual.

 

"O fato de nós abrirmos uma sindicância não quer dizer que os policiais que prenderam o vereador são culpados. Vamos apurar os fatos narrados pelo vereador neste diário. Posso, de antemão, adiantar que um dos militares tem quase três anos na PM e o outro mais de dez. Os dois possuem um bom histórico, inclusive com elogios. Não há registro de indisciplina ou de ações com uso de violência", afirmou Riani.

 

O comandante interino afirma que se comprovado o ato de violência ou de ameaça contra o parlamentar, os militares sofrerão as sanções previstas na legislação. Caso contrário, Alexandre poderá ser denunciado por calúnia.

 

MANIFESTAÇÕES

Major Riani revela que chegou a Cachoeiro em outubro do ano passado, no período de manifestações contra o fechamento do posto de saúde do distrito de Itaoca Pedra, e se surpreendeu com a violência contra os policiais.