Pacientes: famílias sofrem golpes - Jornal Fato
Polícia

Pacientes: famílias sofrem golpes

O golpista, segundo denúncia, liga para o parente da pessoa internada afirmando que precisa de dinheiro para realizar procedimento ou exame


 

Famílias de pacientes internados em hospitais de Cachoeiro de Itapemirim estão sendo alvo de uma quadrilha especializada em aplicar golpes por telefone. Os criminosos ligam para os familiares de pacientes internados nas UTI's do Hospital Evangélico e Santa Casa exigindo dinheiro para cobrir despesas de exames médicos.

 

A assessoria de imprensa da Santa Casa informou que tomou conhecimento de pelo menos dois casos envolvendo o nome da instituição, mas que as famílias procuraram o hospital antes de efetuar qualquer tipo de depósito para a quadrilha.

 

"Não sabemos como essa quadrilha consegue informação do nome de nossos pacientes internado na UTI e contato de seus familiares. Pode ser através de um hacker de computador, mas não temos como confirmar essa informação", disse a assessoria da Santa Casa.

 

No Hospital Evangélico, após os casos de golpe chegarem ao conhecimento da direção, medidas foram adotadas para evitar o vazamento de informações da instituição.

 

"Descobrimos que quadrilhas ligavam para o hospital se passando por médicos e conseguiam informações sobre os pacientes. Geralmente o DDD tem o prefixo 66, e acreditamos que possam ser pessoas de dentro de presídios. Hoje, toda vez que alguém liga com o prefixo de outra região, nossa telefonista faz uma triagem e transfere a ligação para outro setor do hospital onde são checados alguns dados para confirmar se realmente a pessoa que está do outro lado da linha é um médico da instituição", informou a assessoria de imprensa do Evangélico que ressaltou que a triagem das ligações tem dado certo.

 

Os dois hospitais de Cachoeiro alertam que não fazem cobrança de exames e procedimentos de pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS). Caso alguém receba ligação pedindo depósito de dinheiro em conta, que desconfie e entre em contato com hospital para obter informações.

 

O delegado de Crimes contra o Patrimônio, Augusto Giorno, alertou que as famílias devem primeiro procurar a direção do hospital para verificar se a informação procede e, caso negativo, buscar a Delegacia de Polícia Civil para denunciar o fato.

 

Wanderson Amorim

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