Operação apreende 269 pássaros e autua 64 pessoas - Jornal Fato
Polícia

Operação apreende 269 pássaros e autua 64 pessoas

A operação durou 13 dias e averiguou 87 denúncias. Os pássaros apreendidos, foram encaminhados ao Iema, para readaptação


A Polícia Ambiental apreendeu 269 pássaros da fauna silvestre brasileira, que estavam mantidos em cativeiro. A operação Fauna Caparaó durou 13 dias. Começou no dia 17, mas os dados só foram divulgados nesta sexta-feira (30), um dia após seu encerramento.

As equipes percorreram área de cidades que formam o conjunto do Caparaó capixaba, como, Alegre, Guaçuí, Muniz Freire, Iúna, Ibatiba, Irupi, Ibitirama, São José do Calçado, Apiacá e Bom Jesus do Norte, onde encontravam as aves presos ilegalmente, e em lugares com condições insalubres.

Foram averiguadas 87 denúncias e 64 pessoas, autuadas. Nas residências onde encontrava as aves, foram apreendidas também armas de fogo: espingardas cal.36, cal.40 e fulminante. Os infratores responderão por crime contra a fauna, com pena de seis meses a um ano, e pagarão multa. A pena será aumentada, caso haja espécie rara, ou considerada ameaçada de extinção.

Foram recolhidos 269 pássaros silvestres, sendo, 141 coleiros, 52 trinca-ferros, 14 tico-ticos, sete sabiás, cinco melros, dois corrupiões, entre outros. Com destaque para três papagaios Chauá, um papagaio do peito roxo e 27 catataus. Os animais estavam na lista dos ameaçados.

A manutenção das aves em cativeiro prejudica o ecossistema e também pode prejudicar a saúde humana, pois o acúmulo de fezes nas gaiolas pode causar doenças, como a toxoplasmose. A orientação da Polícia Ambiental é não adquirir animais silvestres com o objetivo de mantê-los em casa, e sim, priorizar animais domésticos.

Segundo o comandante do 2º Pelotão da Polícia Ambiental, Tenente Nunes: "quando um cidadão adquire pássaro nativo para mantê-lo em cativeiro, alimenta o tráfico de animais silvestres, que coloca em perigo de extinção as espécies, e ameaça a biodiversidade do planeta."

Os pássaros apreendidos foram encaminhados ao Instituto estadual de Meio Ambiente (Iema), onde passarão por período de readaptação para serem reintroduzidos em seu habitat natural.

 

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