Mulher invade posto de saúde com punhal na mão - Jornal Fato
Polícia

Mulher invade posto de saúde com punhal na mão

A arma foi apreendida e a paciente foi liberada após ser medicada e assinar termo circunstanciado


 

Uma mulher de 43 anos foi presa na manhã de ontem, depois de ameaçar, de adaga em punho, funcionários e pacientes da unidade de saúde do bairro São Luiz Gonzaga, em Cachoeiro de Itapemirim.

 

Ela alega que espera há meses por uma consulta com psiquiatra. Disse que o motivo de ter ido ao posto de saúde é que tem problemas de saúde e precisa ser atendida em casa. "Mas não consigo achar o médico e a enfermeira", reclama.

 

A mulher foi contida pelo policial militar Sobrinho, que mora no bairro e estava de folga. Ele contou que ouviu a gritaria e ao chegar ao posto encontrou a mulher, que segurava o punhal e ameaçava as funcionárias.

 

No momento do ataque havia 12 servidores públicos e 50 pacientes aguardando atendimento. Uma paciente se sentiu mal e precisou ser levada ao pronto-atendimento do bairro Baiminas. Uma funcionária também precisou ser medicada.

 

Servidores do posto de saúde contaram que a mulher estava nervosa e não deixava ninguém sair. "Ela tirou a arma da bolsa e disse que iria rasgar todo mundo que aparecesse", relembrou uma das funcionárias.

 

A paciente negou ter feito ameaças. "Isso não é arma. É um abridor de correspondência e usado também para extrair clipe. Já fui presa pelo Romeu Tuma nas Diretas Já. Lutei pelo direito do povo e é isso que recebo", disse.

 

A PM a levou ao Centro de Atendimento Psiquiátrico Dr. Aristides Campos (Capaac) para ser medicada e depois à Delegacia Regional, onde a mulher assinou termo circunstanciado e foi liberada. Ela responderá por ter ameaçado as funcionárias.

 

Atendimento

O clima na unidade de saúde é de preocupação. Ontem à tarde, funcionários trancaram a porta por dentro com medo. Para entrar, os pacientes precisavam chamar do lado de fora.

 

A prefeitura informou que pacientes somente são atendidos em casa pelo médico do posto quando estão acamados, o que não é o caso da mulher. A direção do posto informou que está estudando formas de aumentar a segurança no local.

 

Com relação ao médico psiquiatra, o município esclareceu que este serviço é uma atribuição do Estado e que tão logo o Estado liberar a consulta da paciente entrará em contato com ela para informar data e hora.

 

O Centro Regional de Especialidades (CRE), órgão do Estado, informa que disponibiliza mensalmente 150 consultas com psiquiatras para Cachoeiro. Explicou também que há vagas em aberto, mas faltam profissionais interessados.

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