Foto: Wanderson Amorim

 

por Wanderson Amorim

 

O morador de rua, Douglas Quinelato Martins Ferreira, 31 anos, confessou em depoimento na segunda-feira (11), na Delegacia de Crimes Contra a Vida (DCCV) de Cachoeiro de Itapemirim - ES, ter matado a tiro no último dia 3, no ponto de táxi da Praça Jerônimo Monteiro, o taxista Márcio de Jesus, 39 anos, conhecido como Léo, e o morador de rua, Hélio de Araújo da Silva, 46 anos, no dia 2 de janeiro deste ano, em frente a Leader, no Centro.

 

De acordo com o delegado Guilherme Eugênio Rodrigues, responsável pelo caso, Douglas revelou que a morte do taxista nada teve a ver com a dívida referente à negociação de aparelho de telefone entre os dois.

 

"Em seu depoimento Douglas deixou bem claro que matou Márcio porque ele vinha sendo humilhado por ele, relatou que o taxista o chamava de cachaceiro, o mandava procurar trabalho, e que também não gostava da forma com que ele tratava os moradores de rua", disse o delegado.

 

O morador de rua disse ao delegado que não sabe a identidade dos seus três comparsas envolvidos na morte do taxista, mas que no dia do crime os conheceu na Praça de Fátima e pediu a arma emprestada para matar Márcio. "Ele disse que um dos rapazes também não gostava da vítima e prontamente emprestou o revólver, que ele afirma ser de calibre 38. Ao ver o taxista, ele efetuou seis disparos, mas que dois mascaram, e que não atirou pelas costas", afirma Eugênio.

 

Após o assassinato, os três rapazes fugiram sentido a ponte Carim Tanure. Já Douglas sentido a Rua Rui Barbosa, sentido a Unimed.

 

Para o delegado, a tarefa mais difícil agora é identificar os outros três envolvidos na morte do taxista. Quem tiver qualquer informação que possa ajudar nas investigações pode ligar para o disque denúncia 181. Não é preciso se identificar.

 

Homicídio da Leader foi motivado por "cachaçada"

 

Douglas também confirmou ter participado no assassinato do morador de rua, Hélio de Araújo da Silva, 46 anos, ocorrida em frente à loja Leader. O motivo, segundo ele "Cachaçada".

 

Ao delegado Guilherme Eugênio, Douglas disse ajudou dois colegas, também moradores de rua, a matar Hélio porque no dia do crime, por volta das 16h00, à vítima havia se desentendido com um dos envolvidos em frente ao Supermercado Casagrande, no bairro Guandu.

 

Quando foi a noite, por volta das 23h00, o trio encontrou Hélio dormindo em frente à loja Leader e o mataram com pancadas e com um gargalo de garrafa quebrada. Vários golpes foram desferidos no pescoço da vítima que morreu no local.

 

"A motivo do crime que ele me disse foi esse: "cachaçada". Os outros dois envolvidos já foram identificados, já que no dia do crime, horas antes de matar Hélio, haviam agredido um cigano achando que o mesmo fosse um estuprador. A Polícia Militar foi acionada, os abordou e registrou um boletim de ocorrências, porém foram liberados, já que nada foi constatado".

 

A polícia agora trabalha para localizar a dupla envolvida na morte do morador de rua, mas já tem a informação de que não está mais em Cachoeiro.