Mais de 700 PMs poderão ser expulsos - Jornal Fato
Polícia

Mais de 700 PMs poderão ser expulsos

A afirmação é do comandante geral da PM. Segundo ele, 703 policiais foram indiciados por revolta, pena de 8 a 20 anos e que podem gerar expulsão, caso condenados


Foto Divulgação

 

Redação


O comandante geral da Polícia Militar do Espírito Santo, Nylton Rodrigues Filho, informou nessa manhã em coletiva com a imprensa em Vitória, que 703 policiais militares foram indiciados por crime de revolta, com pena de oito a 20 anos de prisão.


Segundo o comandante, esses indiciamentos poderão resultar em expulsão da corporação, uma vez que pelas regras militares PMs condenados a penas de mais de dois anos resultam em expulsão automática.


Esse número de 703 PMs é apenas a primeira leva, segundo informou o secretário estadual de Segurança Pública, André Garcia, que participou da coletiva. Outros policiais serão identificados e também poderão ser indiciados.


O secretário informou ainda que a maioria dos 703 policiais indiciados é formada por 'praças', sem patentes. Ele ressaltou que levantamentos do serviço de inteligência da PM apontam que o movimento se caracteriza pela participação principalmente de policiais mais novos.


As investigações terão prazo de duração de 30 dias, prorrogável por mais 30. Após a conclusão, será encaminhado ao Ministério Público Militar, que poderá oferecer denúncia ou não. 


O próximo passo do governo do Estado é realizar corte de ponto desde o sábado passado e suspensão de férias. 


O movimento é interpretado pelo Estado como revolta, uma vez que o aquartelamento acontece com os policiais portando arma dentro dos batalhões; motim seria se os militares não estivessem com arma.


Os representantes do governo alertaram ainda que "quanto mais o tempo passa, mais o cerco se aperta" em desfavor dos policiais militares.


Durante a coletiva, o comandante fez um apelo principalmente aos policiais mais antigos: "Coloca juízo na cabeça do policial mais novo. Pense na sua família, pense na idade que você tem, na dificuldade que terá para se reinserir no mercado de trabalho", ressaltou.

 

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