Madrasta e pai indiciados por assassinato de criança
A Delegacia de Crimes Contra a Vida concluiu o inquérito da morte de Samuel Macedo Neves.
A Delegacia de Crimes Contra a Vida (DCCV) de Cachoeiro de Itapemirim concluiu o inquérito da morte do menino Samuel Macedo Neves, de 3 anos, assassinado no dia 4 deste mês, no bairro Nova Brasília, no município. O pai e a madrasta da criança foram indiciados pelo crime.
De acordo com o delegado responsável pelo caso, Guilherme Eugênio Rodrigues, a madrasta Juliana Vicente Pereira Hoza, 25 anos, foi indiciada por homicídio e tortura, cuja pena pode chegar a 38 anos de prisão. Já o pai, o padeiro Eliú Hoza Neves, responderá por tortura e omissão, ao assumir o risco do garoto ser agredido pela companheira. A pena pode chegar a quatro anos.
O delegado informou também, que pediu a prisão preventiva da madrasta, que está detida provisoriamente no presídio feminino de Cachoeiro.
O pai responderá pelo crime em liberdade. O motivo, segundo o delegado, é porque não teve como pedir sua prisão, uma vez que o crime não é apenado com mais de quatro anos.
"Era o primeiro dia de visita do Samuel, quando ele foi morto dentro da casa em que Juliana vivia com o marido no bairro Nova Brasília. Eliú, no momento do crime, estava no trabalho", contou Eugênio.
A mulher afirmou, no início, que a criança teria se afogado ao cair com a cabeça dentro de uma bacia cheia de água, no banheiro. Depois, confessou que matou a criança, mas que não foi intencional.
Por fim, na semana passada, acabou afirmando que realmente teve intenção de matar o garoto, mas alegou ter agido "após ouvir vozes do além, que a mandava matar o menino". Ela confessou ainda que segurou a criança, pressionando sua boca e nariz para que não respirasse.