Madrasta confessa que matou menino de 3 anos - Jornal Fato
Polícia

Madrasta confessa que matou menino de 3 anos

A mulher disse que mentiu ao dizer que a criança teria morrido afogada no balde.


A dona de casa Juliana Vicente Pereira, 25 anos, presa na manhã de ontem(06) em Cachoeiro de Itapemirim, confessou ter matado acidentalmente, por asfixia, o enteado Samuel Macedo Neves, de 3 anos, após a criança se recusar a tomar banho.

 

O crime ocorreu no sábado(04), no bairro Nova Brasília, em Cachoeiro, na casa em que mora a madrasta, o pai do garoto, o padeiro Eliú Hoza Neves e o filho do casal, de seis meses. Ela foi autuada por homicídio e encaminhada à Penitenciária Regional de Cachoeiro.

Em depoimento à polícia, a mulher disse que mentiu ao dizer que a criança teria morrido afogada no balde. Ela garantiu que não teve a intenção de matar o enteado, mas segurá-lo, pois estava fazendo pirraça e se debatendo muito.

Samuel morava a avó materna em Atílio Vivácqua e este seria o primeiro final de semana que a criança passaria com o pai e a madrasta, após decisão judicial que saiu na semana passada e revoltou a família da mãe.

Juliana foi indiciada por homicídio e cumpre prisão temporária de 30 dias na unidade feminina da Penitenciária Regional de Cachoeiro. Nesse prazo, a polícia deverá concluir o inquérito.

O que chamou a atenção do delegado Guilherme Eugênio Rodrigues, da Crimes contra a Vida, é que o pai da criança sabia que a mulher havia matado a criança e ainda a orientou a mentir. "Posso afirmar com clareza que ele sabia do crime", disse.

A princípio, segundo o delegado, o pai continuará sendo investigado em liberdade, mas segundo Rodrigues ele poderá ser indiciado caso fique comprovado que ele poderia ter impedido a morte do filho.

"O pai e a mãe tem o dever jurídico de zelar e fazer tudo a seu alcance para impedir que qualquer coisa aconteça com o filho e ele pode sim responder por homicídio, pela omissão, basicamente o mesmo crime atribuído à sua mulher", alertou o delegado.

 

Comoção e revolta em velório de criança

O pequeno Samuel Macedo Neves, 3 anos, foi velado na manhã de ontem na capela mortuária de Atílio Vivácqua, cidade em que o menino residia com avós, num clima de comoção e revolta.

Durante velório, foi realizada uma missa seguida de culto. A todo instante alguém comentava sobre a brutalidade de crime. "É um absurdo", comentou uma mulher. "Quem fez isso deveria passar o resto da vida na cadeia", disse outra pessoa que estava na capela.

Os familiares de Samuel frequentam a Igreja Batista Renovada da cidade. "Não conseguimos nem realizar um culto normal. Só ficamos em oração. Estou sem dormir desde sábado. É uma tristeza muito grande", disse o pastor Maxuel Torres.

Comentários