Justiça dá mais 60 dias para Guarda Municipal - Jornal Fato
Polícia

Justiça dá mais 60 dias para Guarda Municipal

Guardas municipais correm risco de serem desarmados, mas juiz Robson Louzada concedeu mais prazo para que situação seja regularizada


Foto e texto Alessandro de Paula

 

O juiz da 1ª Vara da Fazenda Pública Estadual, Municipal, Registros Públicos, Meio Ambiente e Saúde, Robson Louzada Lopes, concedeu mais 60 dias para que a prefeitura regularize a situação da Guarda Municipal, sem que a equipe seja desarmada nesse período.

 

A decisão do magistrado foi publicada no final da tarde desta quarta-feira (17) após reunião de staff no gabinete do prefeito municipal Victor Coelho para avaliar as ações do município para atender as exigências para a manutenção do armamento.

 

Em sua decisão, o juiz disse que "percebe que a administração tem realizado as ações determinadas e mostrando que caminha para a resolução final da pendenga de uma década".

 

Ele destacou ainda que a Guarda Municipal tem prestado serviço organizado e que tem colaborado para a sensação de segurança na cidade, "não sendo possível afirmar que o movimento grevista da PMES (Polícia Militar) não tenha mais qualquer efeito na moral dos integrantes da polícia estadual de forma a assegurar aos cidadãos deste município a completa segurança pública".

 

 

 

Fique por dentro

 

Em abril de 2007 a Guarda Municipal foi desarmada, após o Ministério Público entrar com ação civil pública para regularizar a situação. Os guardas voltaram a portar armas quatro meses depois por meio de acordo entre prefeitura, MP e Justiça.

 

Porém, no dia 24 de abril do ano passado perdeu o porte novamente por decisão judicial, por não cumprimento do acordo.

 

No dia 6 de fevereiro de 2017, durante caos em Cachoeiro em função da paralisação da PM, a Justiça acatou pedido da prefeitura e concedeu emergencialmente autorização para que os guardas voltassem a usar armas.

 

Em março, o Ministério Público Estadual voltou a pedir o desarmamento dos guardas municipais de Cachoeiro pelo não cumprimento do termo de ajustamento de conduta com a Prefeitura de Cachoeiro.

 

O pedido foi assinado pela promotora Ana Carolina Lage Serra e encaminhado ao juiz Robson, que de lá para cá realizou duas reuniões de staff com a prefeitura - a última ocorrida na tarde desta quarta (17) - para tentar solucionar o problema, que se arrasta há 10 anos.

 

Entre as medidas cobradas pelo Ministério Público e pela Justiça estão a realização de curso de formação para os agentes e a implantação de ouvidoria e corregedoria em prédio separado da Guarda Municipal, além de elaborar lei prevendo casos de infrações disciplinares.

 

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