Guardas suspeitos de extorsão permanecem presos - Jornal Fato
Polícia

Guardas suspeitos de extorsão permanecem presos

Um deles é reincidente, pois em 2015 foi preso sob a acusação de tentar extorquir proprietário de empresa


Eles foram denunciados por uma mulher que teve o celular roubado - guarda pediu dinheiro para devolver (Foto: Arquivo/Fato)

Os agentes da Guarda Civil Municipal de Cachoeiro de Itapemirim, suspeitos de extorquir uma vítima de roubo, exigindo dela a quantia de R$ 150 para devolver o aparelho celular recuperado, permanecem detidos no Centro de Detenção provisória (CDPCI) do município.

 

Flávio Augusto Guedes Filho, de 48 anos, e Fábio Sessa Machado, de 37 anos, vão responder por crime contra a administração pública e corrupção. Eles aguardam uma audiência de custódia para definir a situação, que deve ocorrer possivelmente nesta sexta-feira (15), ou será adiada para semana que vem.

 

Segundo a vítima, ela teria recebido uma ligação dos agentes informando a recuperação do aparelho, um Iphone 6, e, que, para ter o celular de volta, teria de pagar o valor exigido. A mulher anotou a numeração das notas e encontrou a dupla no pavilhão da Ilha da Luz. Em seguida, acionou a PM, que localizou as cédulas registradas e prendeu os agentes em flagrante.

 

Reincidente

 

Guedes já responde a um processo administrativo pelo mesmo crime. Em 2015, ele foi preso acusado de tentar extorquir o proprietário de uma empresa de máquinas, no bairro Aeroporto. Ele, segundo a acusação, exigiu que um funcionário fornecesse a ele 36 litros de gasolina para uso pessoal. Na ocasião, Flávio portava um revólver calibre 38 e usava um colete balístico sem identificação.

 

O funcionário acionou a PM, que foi até o local do crime. Para os militares, o agente disse que foi até a empresa oferecer serviços de segurança. Ele foi autuado por porte ilegal de arma e corrupção passiva.

 

Processo

 

Segundo a Corregedoria da Guarda Civil Municipal, ele continuava a atuar nas ruas porque ainda aguarda o julgamento do processo. A Corregedoria informou que acompanha os casos.

 

Segundo a Secretaria Municipal de Defesa Social, um processo administrativo vai ser instaurado, que pode, inclusive, levá-los à perda da função pública.

 

O secretário Ruy Guedes Barbosa Junior considera o fato lamentável e garante à sociedade que todas as providências serão tomadas a fim de coibir essa prática dentro da Guarda Civil Municipal.

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